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Celulares podem ajudar no combate a fraudes em bombas de combustíveis

Publicado 17.04.2021, 17:55
Atualizado 17.04.2021, 18:20
© Reuters.

Agência Brasil - Provar materialmente uma das fraudes mais comuns e com o maior número de vítimas – a das bombas de postos de combustíveis – é algo que envolve equipamentos e procedimentos complexos, além de apreensões in loco e análises laboratoriais. Tudo isso poderá ser substituído por um clique de celular, dado por qualquer consumidor.

Basicamente, o equipamento a ser instalado na bomba é composto por um hardware (equipamento) que faz a leitura de um transdutor óptico capaz de contar a quantidade de combustível que é apresentada no display da bomba. A garantia de que a bomba de combustível está correta é dada por uma assinatura digital que poderá ser checada por meio do bluetooth dos celulares. A violação dessa assinatura comprova a fraude.

Para se ter uma ideia de como são praticadas fraudes nas bombas de combustíveis, a cada ano cerca de 20 mil casos são autuados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) – número que fica ainda mais impressionante se for levado em conta a complexidade para se conseguir evidenciar esse tipo de prática fraudulenta. 

“As bombas medidoras de combustíveis possuem eletrônica bastante complexa, com placas de circuitos e software (programa de computador) que são vulneráveis a modificações, sendo quase impossível, ao fiscal, verificá-las em campo. Em muitos casos são necessárias análises laboratoriais para produzirmos provas materiais contra os infratores”, afirmou à Agência Brasil o chefe da Divisão de Metrologia em Tecnologia da Informação e Telecomunicações do Inmetro, Rodolfo Saboia. 

Citando levantamento divulgado pela Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), o chefe da Divisão de Gestão Técnica do Inmetro, Bruno de Carvalho, disse que “as fraudes em bombas movimentam mais de R$ 20 bilhões a cada ano”.

Certificação digital

Para resolver – ou, pelo menos, amenizar – esse problema, o Inmetro está adaptando e implementando uma tecnologia que, há muito, já vinha sendo usada para dar segurança às transações feitas pela internet: a certificação digital.

“Nas bombas de combustíveis, o componente que faz a transformação da informação de medição, em sinal elétrico, é conhecido como transdutor [pulser]. Ele contém um chip criptográfico com um certificado digital. Desta forma, toda informação de medição que sai do pulser é assinada digitalmente, ficando impossível sua adulteração, sem que essa assinatura seja invalidada”, detalha Rodolfo Saboia.

Para agregar ainda mais segurança ao processo, os certificados digitais estarão vinculados à Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), cadeia hierárquica de confiança coordenada pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), que viabiliza a emissão de certificados digitais para identificação virtual do cidadão em documentos como o e-CPF (Cadastro de Pessoa Física). O pedido de credenciamento – que tornará o Inmetro autoridade certificadora de primeiro nível na cadeia do ITI, para a adoção do equipamento – ainda está sob análise do instituto. A expectativa é de que essa aprovação ocorra ainda neste semestre.

“Na prática, o certificado digital ICP-Brasil funciona como uma identidade na rede mundial de computadores, garantindo a identificação inequívoca dos seus titulares e dando aos atos praticados por meio dele a mesma validade jurídica daqueles que assinamos e reconhecemos firma em cartório”, detalhou o presidente-executivo da Associação das Autoridades de Registro do Brasil (AARB), Edmar Araújo.

Identificação imediata

Saboia disse, também, que o principal ganho com a assinatura digital da informação de medição é a “rápida identificação de uma eventual fraude”. “Atualmente, para identificar uma fraude eletrônica em uma bomba de combustível é necessário apreender as placas eletrônicas das bombas e levar para análise em laboratório. Esta análise pode levar semanas. Com a assinatura digital, em poucos minutos, por meio de interface ou aplicativo de smartfhone, será possível - a fiscais e consumidores - checar se a assinatura é válida. Se a assinatura não for válida, significa que a bomba foi fraudada”, argumentou.

Com as medições analógicas dando lugar às digitais, sua utilidade poderá abranger fraudes envolvendo pesos e medidas que vão além das praticadas por postos de combustíveis mal intencionados. Segundo o presidente da AARB, “o certificado será destinado exclusivamente a objetos metrológicos regulados pelo Inmetro, mas é possível que seja também utilizado para controle de outros equipamentos, como balanças e relógios medidores de energia elétrica”.

Araújo estima que ainda no segundo semestre de 2021 tudo esteja operacionalizado para que as bombas de combustíveis comecem a ser certificadas.

Protótipos

Segundo o Inmetro, as indústrias já estão finalizando o desenvolvimento de protótipos para que a tecnologia seja colocada em prática. “Restam ainda algumas dúvidas normais de implementação, que estão sendo sanadas com auxílio da equipe do Inmetro”, disse Saboia.

Depois disso, os modelos de bomba serão enviados a laboratórios acreditados para a realização dos testes laboratoriais necessários para a aprovação de modelo dos instrumentos. “Uma vez aprovado pelo Inmetro, as indústrias já estarão autorizadas a comercializar seus instrumentos”, complementa Bruno de Carvalho.

Aplicativo

A fiscalização das bombas poderá ser feita por meio de um aplicativo para smartphones, a ser disponibilizado pelo Inmetro. A ideia é fazer com que eles se conectem com as bombas de combustíveis por meio de bluetooth, de forma a verificar se a assinatura digital da bomba foi violada. Caso tenha sido violada, a informação é imediatamente encaminhada ao Inmetro via internet.

“As bombas de combustível deverão ter informações sobre sua identidade – como o endereço do posto, sua data de fabricação e se o certificado metrológico ICP-Brasil está instalado – disponíveis a qualquer pessoa”, detalhou Araújo.

Segundo o Inmetro, a ideia inicial era a de que a tecnologia servisse apenas para os fiscais. No entanto, ao identificarem como será simples o processo, optou-se por estender a ferramenta aos usuários.

“Com o aplicativo, todos serão nossos olhos nos postos de combustíveis, o que empoderará o consumidor. Basta ligar o bluetooth para captar os dados da bomba e saber se há alguma inconsistência na assinatura digital. Quanto à transmissão, ela pode ser feita automaticamente, assim que se tiver acesso à internet”, finalizou Saboia.

Últimos comentários

Difícil isso mudar, são 20 bilhões de reais a mais para o governo taxar, acha mesmo q vão querer combater isso?
Queria ver aqueles infográficos mostrando os preços da gasolina nos diversos países, como circulava nos bons tempos da Dilma, quando a  gasolina custava menos de 3 reais e as pessoas achavam caríssimo kkk
sabe oque é isso isso se chama o País da impunidade chega a ser ridícula vc se expor para saber se não está sendo roubado PAIS COM LEIS QUE CONFORTA OS CRIMINOSOS E DEIXA OS CIDADÃOS DE BEM PASSAR POR RIDÍCULO É UM ABSURDO
Todos fazem vistas grossas a problemas que possuem soluções bem mais simples. Integrar uma impressora fiscal a toda bomba de combustível com emissão automática de NF a cada gota que sair da bomba. Mas, não interessa aos verdadeiros beneficiários dos cartéis do combustível, os políticos.
Este pais é uma piada! Infelizmente.
E quem vai bancar essa tecnologia? Nós, mais impostos!🤦
isso é barato!!
melhor do que pagar por meio do desvio do combustivel en que você paga 50 l e leva 48l.
será que existe isso nos Estados Unidos, qual seria a pena de um delito destes lá ? fico imaginando...
não entendi nos postos de combustíveis tem placas que proíbe o uso de celular , por risco de explosão nas bombas então pode usar celular nos postos de combustíveis?
vc poderá usar o celular antes de ligar bomba. coisa rápida. a ideia é sensacional
Se a bomba estiver de fato adulterada vc aproveita e já manda tudo pelos ares. 😂
deu ruim
KKKK...SÓ CONVERSSA MOLE....
Podiamos ter a possibilidade de multar com o cel, aí sim funcionária
Os malandros choram.
O tanque do carro é que deveria adotar uma tecnologia que informasse a quantidade correta de combustivel. Simples assim !!
Quando popularizar os carros elétricos teremos "energia batizada" e "energia adulterada" ???
certeza que sim afinal de contas nós mora no país da impunidade
Tinha que acabar com esse rabo de galo tbm.
Ajudar o consumidor identificar uma possível fraude ESTÁ ÓTIMO!
Ajudar o consumidor identificar uma possível fraude ESTÁ ÓTIMO!
era soh colocar um.galao de.vidro e.medir a cada litro
pode ser fácil. mas quando o fiscal vai lá eles apertam um botão aí não tem alteração. mas quando cliente comum vai lá perdem nós ml ... não pode ser muito senão dá pra perceber diferença. sei pq abasteci num posto na época 50 de álcool. foi até a metade. ok da outra vez fui em outro nem chegou na metade. pensei que diferença. mas pra não perceber muito tem que ser 100ml por litro. 50 litros perde 5 litros. KKK. sei lá.
era soh colocar um.galao de.vidro e.medir a cada litro
Seria bem mais simples se caso fosse comprovada a adulteração no posto, o mesmo fosse fechado permanentemente. Simples!Precisamos mudar nossas leis e acabar com a impunidade que existe em nosso país .
Essa fiscalização precisa sair do papel e permitir que os consumidores tenham condições de fiscalizar.
E a qualidade, a composição do combustível ?
Calma, uma coisa de cada vez, isso aí o carro já avisa pelas luzes do painel ou parando de funcionar.
kkkkkk esse é o brasil
 exatamente. E o pior é que eu acho que não há mais interesse em reduzir poluentes através de ajustes na composição dos combustíveis, uma vez que a energia limpa pode ser gerada com vento e os projetos de carros elétricos avançam rapidamente, inclusive as gambiarras de conversão para os existentes a combustão. Enquanto isso vou usando etanol pra ajudar como posso.
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