Gabriel Boric, presidente eleito do Chile, apresentou os 24 ministros que o acompanharão em seu futuro governo, impressionando os mercados locais com a nomeação de Mario Marcel, presidente do Banco Central, como ministro das Finanças. O gabinete é liderado por políticos próximos ao ex-líder estudantil, mas também inclui figuras dos tradicionais partidos de centro-esquerda.
A médica Izkia Siches Pastén será a primeira mulher a chefiar o Ministério do Interior, enquanto o deputado Giorgio Jackson foi nomeado ministro da Secretaria-Geral da Presidência (Segpres), pasta que promove projetos do Executivo no Congresso. A parlamentar Camila Vallejo, do Partido Comunista, será a porta-voz do governo a partir de 11 de março. Dessa forma, o próximo presidente privilegiou seu círculo de confiança nas pastas pertencentes ao comitê político.
Todas as expectativas foram colocadas em quem vai direcionar o destino econômico do país. Finalmente, Marcel, o economista mais influente do Chile hoje, decidiu aceitar o desafio, o que significa um bom sinal para o mercado. Perto do Partido Socialista, Marcel não esteve na cerimônia que aconteceu esta sexta, em frente ao Museu de História Natural de Santiago. O motivo de sua ausência é que ele está em quarentena porque esteve em contato próximo com uma pessoa com covid-19.
Marcela Hernando Pérez, do Partido Radical, será a Ministra de Mineração; Nicolás Grau, principal assessor econômico de Boric, foi nomeado Ministro da Economia; e Claudio Huepe liderará o Ministério de Energia.
Esta é a carta de apresentação do futuro governo de Boric, que será o presidente mais jovem da história chilena e o único que não pertence aos partidos centristas que governam o país desde o retorno à democracia.