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Como os membros votantes do Fed em 2022 se comparam em relação à política monetária

Publicado 24.01.2022, 08:59
Atualizado 24.01.2022, 09:00
© Reuters.

© Reuters.

Por Lindsay Dunsmuir

(Reuters) - Enquanto o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) muda o posicionamento de sua política monetária e sinaliza que pode aumentar a taxa de juros até quatro vezes este ano para domar a inflação --que está numa máxima em 40 anos--, a composição do comitê de fixação de juros mudará em 2022, começando na reunião desta semana.

Os membros do Conselho do Fed sempre têm um voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), atualmente com quatro membros, embora o presidente Joe Biden, neste mês, tenha indicado uma lista de três pessoas para preencher vagas de diretor restantes. Eles devem passar pela confirmação do Senado primeiro, então não está claro quando poderão tomar posse, se é que poderão.

O presidente do Fed de Nova York também tem voto permanente, enquanto os quatro cargos restantes se alternam entre os outros 11 presidentes regionais do banco central anualmente, embora todos os formuladores de política monetária discutam as perspectivas econômicas em grupo. Veja quem vota neste ano e seus comentários mais recentes sobre a política monetária:

JEROME POWELL, CHAIR

Powell, renomeado para o cargo mais alto do Fed por Biden, disse a parlamentares, em sua audiência de confirmação neste mês, que "a economia não precisa ou quer mais a política monetária altamente acomodatícia que tivemos", ao sinalizar um número indeterminado de aumentos de juros este ano.

Ele também afirmou que espera agir cada vez mais rápido do que anteriormente para reduzir o balanço patrimonial do banco central, agora em quase 9 trilhões de dólares.

"A economia está num lugar completamente diferente do que estava quando encerramos as compras de ativos da última vez", disse Powell. "O período de tempo entre a interrupção das compras e o início da redução do balanço será menor, e também o balanço patrimonial está muito maior, então sua redução pode ser mais rápida."

LAEL BRAINARD, DIRETORA

Nomeada por Biden para ser vice-chair do Fed, Brainard, em sua audiência de confirmação neste mês, afirmou que combater a inflação era a "tarefa mais importante" do banco central, enquanto deu luz verde para iniciar os aumentos de juros na reunião de março do Fed, após o término planejado de seu programa de compra de títulos.

"O Comitê (de definição de política monetária do Fed) projetou várias altas ao longo do ano... é claro que estaremos em condições de fazer isso, assim que nossas compras forem encerradas, e simplesmente veremos o que os dados exigem ao longo do ano", disse Brainard.

Ela acrescentou que o banco central tentará reduzir a inflação "o mais rápido que pudermos, mas de forma consistente com uma recuperação sustentada e forte".

MICHELLE BOWMAN, DIRETORA

Bowman não fala sobre política monetária desde outubro, mas no passado ficou do lado de colegas mais a favor do aperto da política monetária. Naquele mês ela já sinalizava que a inflação alta pode durar mais do que o esperado e afirmou estar "muito confortável" com o início da redução das compras de ativos em novembro.

CHRISTOPHER WALLER, DIRETOR

Waller tem estado na vanguarda dos pedidos por uma resposta mais rápida e agressiva à inflação, e disse que quatro ou cinco aumentos dos juros este ano podem ser necessários se a taxa de aumento dos preços não recuar.

Ele apoia uma alta da taxa de juros em março e uma rápida redução no balanço patrimonial. "A inflação ficou mais alta por mais tempo do que qualquer um de nós pensava que ficaria", afirmou Waller neste mês. Quando a inflação arrefecer para cerca de 2,5% --o que ele espera ver até o final deste ano-- elevações rápidas de juros podem não ser mais necessárias, acrescentou.

JOHN WILLIAMS, FED DE NOVA YORK

É "sensato" começar a subir a taxa de juros este ano com a inflação alta e a economia perto do pleno emprego, disse Williams neste mês.

"Estamos nos aproximando de uma decisão para iniciar esse processo", afirmou. Williams acrescentou achar que o Fed também reduzirá seu balanço mais rápido do que anteriormente.

LORETTA MESTER, FED DE CLEVELAND

Mester, que tende a favorecer um caminho um pouco mais agressivo na política monetária do que alguns de seus colegas, apoia uma alta em março se a economia se mantiver firme.

Ela também é a favor de uma redução mais rápida do balanço de ativos e não descartou a ideia de vendê-los ativamente. "Gostaria de reduzi-lo... o mais rápido possível, com a condição de que não seja perturbador para os mercados financeiros."

JAMES BULLARD, FED DE ST. LOUIS

Agora uma âncora da ala "hawkish" (dura com a inflação) do Fed, Bullard recentemente elevou o número de subidas dos juros que ele projeta para este ano. "Na verdade, agora acho que talvez devêssemos fazer quatro altas em 2022", disse ele, defendendo início em março.

A credibilidade do Fed está em maior risco do que em qualquer outro momento em seus 30 anos no banco central, afirmou.

ESTHER GEORGE, FED DE KANSAS CITY

George tem um histórico de dissidente em série a favor de uma política monetária mais rígida em seus momentos anteriores como votante no Fomc. Ela não apoiou publicamente a subida dos juros em março, mas disse no início deste mês que a postura "muito acomodatícia" do Fed em relação à política monetária estava "fora de sincronia com as perspectivas econômicas".

Sobre o balanço patrimonial, sua preferência seria "optar por reduzir o balanço mais cedo ao invés de mais tarde, enquanto traçamos um caminho para remover a acomodação monetária".

PATRICK HARKER, FED DE FILADÉLFIA

Harker, que votará como suplente até que seja nomeado um presidente para o Fed de Boston, apoia um aumento dos juros em março, a primeira de pelo menos três altas de 0,25 ponto percentual cada que ele vê este ano, com uma redução do balanço que começaria no final de 2022 ou início de 2023.

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