BRASÍLIA (Reuters) - O domingo foi marcado mais uma vez por manifestações contra e a favor do governo federal, e o presidente Jair Bolsonaro novamente não compareceu a atos de apoio à sua gestão na capital do país.
Em Brasília, as manifestações ocorreram na Esplanada dos Ministérios e cada um dos grupos foi separado pela Polícia Militar do Distrito Federal, que fez um cordão de isolamento. Segundo a mídia, a PM acionou a cavalaria para impor a separação. Os protestos contra Bolsonaro também se dirigiam contra o racismo.
No ato de apoio ao governo Bolsonaro eram vistas faixas com escritos antidemocráticos ao pedir a "intervenção" contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Em São Paulo, ato pró-Bolsonaro ocorria na Av. Paulista, próximo à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Era possível ver uma faixa com os dizeres "Fora Doria", numa refererência ao governador paulista, João Doria (PSDB), adversário do presidente. Protesto contra Bolsonaro ocorreu na região central.
Também em São Paulo, moradores da zona sul protestaram contra a morte do adolescente Guilherme Silva Guedes, após missa em homenagem ao garoto que tinha 15 anos.
Em Belo Horizonte, tanto os protestos contra Bolsonaro como os atos de apoio ao presidente ocorreram no bairro da Lapa, mas a polícia atuou para que cada um se encaminhasse para um lado a fim de evitar confrontos.
No Rio de Janeiro, houve um ato de apoio ao presidente em Copacabana, um dos principais bairros da capital fluminense.
Neste domingo, mais uma vez, Bolsonaro não participou de atos de apoio a seu governo na capital do país. Ele foi ao Rio de Janeiro participar do funeral de um soldado que morreu na véspera durante o lançamento de paraquedistas em uma base aérea no Rio de Janeiro, mas não conversou com a imprensa.
Bolsonaro tem evitado contato nos últimos dias com a imprensa após ele e aliados sofrerem reveses, como a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, investigado num esquema de suposto desvio de recursos de gabinete parlamentar, e da validação do inquérito das fake news pelo Supremo Tribunal Federal, que quebrou sigilo de parlamentares bolsonaristas.