Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - A defesa do presidente Jair Bolsonaro defendeu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeite a inclusão de investigações do inquérito das fake news em processos em tramitação na corte eleitoral que tentam cassar a chapa presidencial vitoriosa nas eleições de 2018.
Na próxima terça-feira, o plenário do TSE vai julgar duas de oito ações que questionam a eleição de Bolsonaro e do vice Hamilton Mourão. O tribunal vai analisar ações referentes a supostos ataques cibernéticos em grupo de Facebook para beneficiá-los, informou a assessoria de imprensa do órgão.
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Og Fernandes, havia dado prazo para a chapa se manifestar sobre o pedido feito pelo PT de inclusão de elementos do inquérito das fake news, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e que na semana passada realizou uma operação tendo como alvos aliados do presidente.
Na manifestação encaminhada ao TSE na quinta-feira, a advogada da chapa, Karina Kufa, disse que o pedido demonstra um "inconformismo pela derrota no pleito de 2018" e que essas eventuais inclusões não têm ligação com o objeto das ações.
"Em nada corrobora com esta ação a investigação capitaneada pelo Colendo Supremo Tribunal Federal sobre notícias falsas direcionadas à figura dos insignes Ministros daquela Egrégia Corte", disse a advogada, ao defender a rejeição do pedido.
Og Fernandes também pediu a manifestação da Procuradoria-Geral Eleitoral para depois decidir se aceita ou não o pedido.