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Dólar salta 1,6% e supera R$5,30 com chacoalhão global após inflação mais alta nos EUA

Publicado 12.05.2021, 17:07
Atualizado 12.05.2021, 17:40
© Reuters. Homem segura nota de um dólar em bar em Miami Beach, Flórida, EUA
06/03/2021
REUTERS/Marco Bello

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar fechou em forte alta nesta quarta-feira, voltando a ficar acima de 5,30 e indo aos maiores níveis em uma semana, com as operações locais replicando uma onda de compra de dólares no exterior após dados de inflação bem acima do esperado nos Estados Unidos turbinarem apostas de redução de estímulos por lá.

O dólar à vista subiu 1,55%, a 5,3053 reais na venda. É a maior valorização percentual diária desde 30 de abril (+1,81%) e o mais alto nível de encerramento desde 5 de maio (5,3652 reais).

Ao longo deste pregão, a cotação variou de 5,2116 reais (-0,24%) e 5,3088 reais (+1,62%).

A moeda começou o dia em torno da estabilidade, perto de 5,23 reais, mas disparou para cerca de 5,27 reais logo depois das 9h30, quando os EUA reportaram a maior alta mensal do índice de preços ao consumidor em quase 12 anos.

A moeda norte-americana até se afastou das máximas posteriormente, mas tornou a ganhar fôlego no fim da manhã e manteve rota ascendente ao longo de toda a tarde, batendo a máxima do dia de 5,3088 reais (+1,62%).

Durante todo o dia o movimento do dólar aqui replicou as oscilações da moeda no exterior, que no fim do dia saltava 0,6% contra uma cesta de rivais, maior ganho desde o fim de abril. A divisa ganhava entre 0,7% e 1,6% ante alguns dos principais pares do real.

O índice de preços ao consumidor norte-americano saltou 0,8% no mês passado, maior ganho desde junho de 2009, e no acumulado de 12 meses subiu 4,2%, alta mais elevada desde setembro de 2008. O núcleo do índice, que exclui itens voláteis, teve forte acréscimo de 0,9% no mês, maior ganho desde abril de 1982, acumulando elevação de 3,0% em 12 meses, bem acima da meta do Fed, de 2%.

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Os números vieram muito acima do esperado e provocaram um chacoalhão nos mercados. As bolsas de Nova York caíam entre 2% e 2,7%, e o rendimento do título de dez anos do Tesouro norte-americano --referência global para investimentos-- saltava 7,1 pontos-base no fim da tarde.

No Brasil, o principal índice das ações caiu 2,7%, e os juros futuros de longo prazo dispararam mais de 20 pontos-base.

Robin Brooks, economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), comentou que a surpresa com a inflação nos EUA foi de 6,7 desvios-padrão. "Com a reabertura dos EUA, os rendimentos norte-americanos de longo prazo continuarão subindo, colocando pressão de apreciação sobre o dólar. NÃO estamos em um ambiente de dólar fraco...", comentou Brooks no Twitter.

O dólar subia ante 32 de seus 33 principais rivais nesta sessão.

Para o economista-chefe do Itaú Unibanco (SA:ITUB4), Mario Mesquita, a redução de estímulos nos EUA vai ocorrer a partir de 2022, o que contribuirá para a alta do dólar de 5,30 reais ao fim de 2021 para 5,50 reais no término do ano seguinte. Em 2021, o real ainda deve se beneficiar da alta das commodities e dos aumentos de juros pelo Banco Central.

"As commodities ajudam um pouco (o real), mas nem tanto. A política monetária ajuda, mas nem tanto. E o risco fiscal segue elevado", resumiu o ex-diretor do Banco Central.

A escalada da moeda nesta quarta ocorreu ainda em meio à elevada temperatura política em Brasília, com o relator da CPI da Covid no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), pedindo a prisão do ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República Fabio Wajngarten por supostamente mentir à comissão. O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), contudo, rejeitou o pedido.

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(Edição de Isabel Versiani)

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