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Existe preocupação com fiscal de 2023 e continuidade de medidas temporárias, diz Campos Neto

Publicado 15.08.2022, 09:54
Atualizado 15.08.2022, 12:05
© Reuters. Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
REUTERS/Adriano Machado

Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) - O quadro fiscal de 2023 gera preocupação diante da discussão sobre continuidade de medidas temporárias implementadas pelo governo, disse nesta segunda-feira o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Em debate sobre inflação promovido pelo Instituto Millenium, Campos Neto afirmou que a questão é como será o financiamento dessas medidas a partir do ano que vem, em referência aos programas sociais reforçados temporariamente pelo governo e o Congresso.

“Vocês têm um instituto liberal então conhecem uma frase famosa: não existe nada mais permanente do que um programa temporário do governo, isso é uma coisa que nos aflige. Hoje o mercado tem uma ansiedade para entender como vai ser o fiscal do ano que vem, os programas que foram implementados, se forem continuados, como serão financiados”, disse.

Líderes nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro já prometeram manter o valor do Auxílio Brasil em 600 reais a partir do ano que vem. A medida em vigor hoje permite o pagamento adicional apenas até dezembro, com o benefício retornando ao patamar de 400 reais em janeiro do ano que vem.

Embora tenha demonstrado preocupação com o futuro das contas públicas, Campos Neto afirmou que o fiscal teve surpresa muito positiva, ressaltando que o governo “não caiu na tentação de indexar” ao, por exemplo, não reajustar os salários do funcionalismo público.

Na apresentação, o presidente do BC disse que as expectativas do mercado para a inflação a partir do ano que vem têm subido e que há uma diferença entre a interpretação de analistas e a do BC. Segundo ele, a razão está no fato de o mercado fazer uma correlação mais alta entre expectativa para 2023 e dados correntes, além de haver diferenças nas análises de componentes como os industriais e o hiato da atividade.

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A estimativa mais recente do BC aponta para um IPCA em 6,8% no fim de 2022, 4,6% em 2023 e 2,7% em 2024. O mercado, conforme boletim Focus divulgado nesta segunda, projeta o índice em 7,02% neste ano, 5,38% em 2023 e 3,41% em 2024, com movimento de queda no ano corrente e alta nos exercícios seguintes.

O presidente do BC destacou a surpresa positiva no mercado de trabalho brasileiro, afirmando que “nunca imaginaria” estar falando em taxa de desemprego abaixo de 9%.

Enfatizando ser difícil estimar a taxa neutra de desemprego no país --que não pressiona nem desacelera a inflação--, ele afirmou que ainda há margem no mercado de trabalho e estimou que o dado provavelmente cairá para perto de 8,5%.

Nos três meses até junho, último dado disponível, o desemprego no país recuou a 9,3%, menor patamar para o período desde 2015, segundo dados do IBGE.

FOCO DE 2024

Após o BC decidir dar ênfase à inflação acumulada em doze meses no primeiro trimestre de 2024, que agora faz parte do horizonte relevante da política monetária, Campos Neto disse que essa opção foi feita porque o BC entendeu que melhoraria a "função reação" do BC.

“Estamos ainda olhando o que é a meta no ano fechado, mas nosso horizonte é ajustado”, disse.

No período de 12 meses encerrados no primeiro trimestre de 2024, o BC projeta uma inflação de 3,5%.

Na decisão do Comitê de Política Monetária no início de agosto, a autoridade monetária disse que o modelo foi adotado porque suaviza os efeitos diretos das mudanças tributárias implementadas pelo governo este ano, com desonerações temporárias que se encerram em dezembro.

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Campos Neto disse nesta segunda que a inflação atual claramente teve melhora após as medidas, mas ainda é necessário entender como as iniciativas vão se dissipar nas cadeias.

“A gente olha a inflação mais no longo prazo, o nosso horizonte relevante é mais longe, a gente não é tão guiado pelo instante.”

Ele ressaltou que preços administrados --impactados pelas reduções tributárias-- estão caindo, mas serviços ainda estão em alta.

Sobre o cenário externo, o presidente do BC afirmou que pode estar se iniciando nos Estados Unidos uma janela de baixa do crescimento econômico, com risco de recessão, e inflação ainda elevada. “Essa é a janela que me preocupa”, disse.

Ele ponderou que o componente de desaceleração da atividade global tende a ser mais forte sobre a inflação brasileira do que a depreciação cambial que seria gerada por uma fuga de capitais com a alta de juros em economias avançadas.

Últimos comentários

BOLSONARO REELEITO
De fato. Temos que olhar os impactos de longo prazo.E como ficará o avanço ou retração da inflação, após o retorno dos tributos, mesmo com teto. Auxílio de 600 jogará mto consumo na economia e isso juntamente com um desemprego em queda, o que favorece e muito o setor de serviços, o que favorece e muito a arrecadação, o que favorece e muito o superávit fiscal. Nesse nível é difícil estimar queda do PIB nos próximos anos. Ainda com juros elevados, mantendo em 13,75% em 23 e baixando já no segundo TRI de 24. Diante disso, podemos dizer que a economia brasileiro está bastante resiliente, vale monitorar os juros americanos, o que forçaria o Brasil manter os juros em patamares ainda altistas. Porém, esses mesmo juros não são o suficiente para desacelerar a atividade econômica brasileira, mesmo com um dólar bastante elevado, a taxa de investimento no país, tem crescido, juntamente com as contratações, é difícil ocorrer uma desaceleração com os indicadores, indicado um período de crescimento
Que tal o Presidente do Bacen ao invés de ficar falando de riscos fiscais, trabalhar para nos  deixar com juros reais civilizados. Porque das grandes economias do mundo somos os unicos a pagar taxa reais de 6/7% a.a.. Tem teto para tudo menos para o pagamento de juros.  Ninguém discute esse assunto, o maior ralo da republica. Por que será que com o mercado fi- nanceiro ninguém quer mexer? Até quando?
pelo fim da reeleição
pelo fim da esquerda!
Até o banqueiro central do Bolso admite que as bondades eleitorais do Bolso serão pagas com juros em alta e elevação inflacionária em 2023.
Em 2014, no desespero eleitoral com o Aecio na sua cola, Dilma antecipou recursos das estatais, Bozo repete. Dilma pedalou o aumento das contas de consumo, Bozo repete. Dilma antecipou o 13o salario do INSS, Bozo repete. Dilma distribuiu subsidios (ipi e outros), Bozo repete. Dilma acelerou a compra de votos com auxilios, Bozo repete. Dilma aumentou gastos com propaganda, Bozo repete O governo acelerou a roubalheira com medo de não poder roubar mais, Bozo repete!!! A consequência foi a crise de 2016. Como sempre, a vagabundagem deixa o Brasil para depois e o povo idiota comemora o pão e circo ..
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