Por Geoffrey Smith
Investing.com - Os mercados internacionais se firmam após forte reavaliação de risco, o líder republicano no Sendo McConnell apoia os desafios legais de Trump, a União Europeia revive a ameaça fiscal no setor de tecnologia e o petróleo estende alta antes da divulgação dos estoques API.
Leia o que você precisa saber sobre os mercados nesta terça-feira, 10 de novembro.
1. Mercados globais estáveis
Os mercados globais se estabilizaram um pouco após a forte reprecificação de risco na segunda-feira, em resposta ao anúncio da Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) de que a vacina experimental para o tratamento de Covid-19 é eficaz em mais de 90%. Embora isso esteja bem acima do nível necessário para trazer a pandemia sob controle, o anúncio ainda não confirmou se a droga é segura e por quanto tempo ela protegerá as pessoas, dois pontos cruciais desse quebra-cabeça.
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Os mercados chineses caíram, incomodados com a evidência contínua de queda nos preços ao produtor, mas outros mercados asiáticos e europeus estavam amplamente em alta, com desempenho superior contínuo dos setores cíclicos e financeiros. O Euro Stoxx 50 atingiu a maior alta em oito meses.
Ativos seguros, como os títulos do Tesouro dos EUA e da Alemanha de 10 anos, continuaram testando seus níveis mais altos em mais de um mês e oito meses, respectivamente.
2. Esperança de estímulo se enfraquece com apoio de McConnell a Trump
O líder do Senado americano, Mitch McConnell, pendeu para os esforços dos advogados do presidente Donald Trump em contestar o resultado da eleição no país.
Analistas interpretaram a medida como provável de prejudicar as chances de se chegar a um pacote de estímulo fiscal nos últimos dias do atual Congresso.
Os EUA registraram mais de 100.000 novos casos de Covid-19 pelo quarto dia consecutivo na segunda-feira, com picos na Califórnia, no Texas e no Novo México. O governador californiana, Gavin Newsom, disse que o processo de reabertura deverá ser reduzido em alguns condados.
As internações hospitalares em todo o país, em mais de 59.000, devem quebrar um novo recorde para o ano.
3. Índices devem abrir mistos
Os mercados de ações dos EUA devem abrir mistos à medida que a recuperação pós-Pfizer é reavaliada, mas as ações de caráter cíclico ainda estão claramente superando os papéis de crescimento e de momentum, que alcançaram os maiores ganhos durante a pandemia.
Às 09h00, os futuros do Dow Jones subiam 0,61%, enquanto os do S&P 500 caíam 0,14% e os do Nasdaq perdiam 1,9%.
As ações que devem estar em foco quando os mercados abrirem são Beyond Meat (NASDAQ:BYND), que caiu mais de 20% no pós-mercado após registrar prejuízo inesperado.
Entre as maiores altas devem ficar papéis do setor financeiro, cujas margens de empréstimo devem melhorar dramaticamente com a forte alta nos rendimentos dos títulos na última semana.
Rockwell (NYSE:ROK) (SA:R1OK34), DR Horton (NYSE:DHI) e Advance Auto Parts (NYSE:AAP) (SA:A1AP34) divulgam balanço antes da abertura.
4. Europa revive ameaça fiscal para gigantes da tecnologia
A União Europeia continua a definir sua postura perante à nova administração dos EUA, revivendo a ameaça de impor novos impostos sobre vendas às empresas de tecnologia se não houver um acordo internacional sobre como tributá-las.
O governo Trump abandonou, no início deste ano, um processo plurianual de trabalho para um novo acordo, negociado perante a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
O anúncio foi feito um dia depois a UE impor tarifas à Boeing (NYSE:BA) (SA:BOEI34) e a outros produtores dos EUA, de acordo com uma decisão da OMC de que a fabricante de aeronaves recebia apoio ilegal do governo dos EUA.
Em outra parte da Europa na terça-feira, o sentimento econômico alemão, medido pelo índice ZEW, caiu pelo segundo mês consecutivo enquanto a Alemanha registrava um novo recorde de casos de Covid-19 em UTIs.
As perdas de empregos no Reino Unido também atingiram um novo recorde mensal e a taxa de desemprego chegou à maior alta em quatro anos, à medida que o esquema de apoio salarial do governo se esgotava.
5. O petróleo sobe; relatório da API
Os preços do petróleo subiram na segunda-feira, com a esperança de que uma vacina Covid-19 permitirá que a reabertura da economia mundial ocorra mais cedo do que se pensava.
Às 09h10, os futuros do petróleo Brent subiam 1,13%, a US$ 42,88 o barril, enquanto o WTI subia 0,82%, a US$ 40,62 o barril.
O American Petroleum Institute divulgará a estimativa semanal dos estoques dos EUA às 18h30.
O acordo entre Azerbaijão e Armênia por um cessar-fogo no conflito da região de Nagorno-Karabakh, o que remove qualquer ameaça de interrupção dos fluxos através do oleoduto Baku-Tbilisi-Ceyhan, teve pouco impacto.