Juro da dívida bate recorde e deficit nominal supera R$ 1 trilhão
O presidente da França, Emmanuel Macron (Renascimento, centro), disse na 5ª feira (23.out.2025) que quer salvaguardas da UE (União Europeia) destinadas a proteger os agricultores franceses antes de fechar acordo com os países do Mercosul. As informações são do jornal Le Parisien.
“Hoje, o governo francês, assim como os outros, está aguardando essas respostas. Mas tudo isso está indo na direção certa para proteger os setores mais expostos e também para proteger os consumidores europeus”, disse Macron a jornalistas durante uma cúpula da UE em Bruxelas (Bélgica). Afirmou ainda que espera por essas respostas “nas próximas semanas”.
“Temos cláusulas de salvaguarda, controles aduaneiros reforçados, apoio à pecuária, muitas medidas de acompanhamento e também um melhor controle de produtos sanitários e fitossanitários que entram em nosso território, que estão sendo implementados atualmente”, disse o presidente francês, depois de uma reunião do Conselho Europeu.
“Tudo isso está caminhando na direção certa. (…) Estamos aguardando a finalização de tudo isso e também a notificação aos países do Mercosul dessas medidas de salvaguarda e desse apoio essencial que solicitamos”, acrescentou.
A Alemanha, no entanto, está pressionando para que o acordo seja implementado o mais rápido possível. O chanceler alemão Friedrich Merz indicou que o Conselho Europeu deu sinal verde na 5ª feira (23.out) para um cronograma que, se os 27 membros chegarem a um acordo, será assinado em 19 de dezembro.
O acordo UE-Mercosul busca reduzir tarifas e barreiras comerciais entre os blocos, com foco em produtos agrícolas e industriais. É apresentado como uma oportunidade para ampliar exportações e integrar mercados, mas também suscita preocupações sobre a competitividade da produção europeia.
Entre os pontos criticados pelos europeus estão as importações de carnes, grãos e etanol, setores em que os padrões de produção do Mercosul diferem significativamente dos exigidos pela União Europeia. Para os agricultores europeus, especialmente na França, o acordo representa não só o desafio econômico, mas também uma questão de preservação de padrões históricos de produção.