(Reuters) - Forças de segurança de Mianmar abriram fogo contra protestos pró-democracia neste sábado, matando pelo menos cinco pessoas, disseram a imprensa local e um dos manifestantes, no momento em que o Exército endurece ainda mais sua repressão à dissidência.
Apesar do assassinato pelas forças de segurança de mais de 550 pessoas, sendo 46 crianças, desde o golpe de 1º de fevereiro, manifestantes continuam saindo de casa todos os dias, geralmente em pequenos grupos e em pequenas cidades, para expressar oposição à derrubada do governo eleito liderado por Aung San Suu Kyi e ao retorno do governo militar.
Forças de segurança em Monywa, cidade da região central que tem recebido protestos diários há semanas, atiraram contra a multidão, matando pelo menos quatro pessoas e ferindo várias, disseram duas organizações de imprensa.
“Eles começaram a atirar sem parar com granadas de atordoamento e balas de verdade”, disse à Reuters um manifestante em Monywa, que se recusou a ser identificado, por um aplicativo de mensagem.
“As pessoas recuaram e rapidamente levantaram barreiras, mas uma bala atingiu uma pessoa na minha frente, na cabeça. Ela morreu na hora”, acrescentou.
Um homem foi morto a tiros em Thaton, cidade no sul do país, segundo o portal de notícias online Bago Weekly Journal e moradores.
A polícia e um porta-voz da junta militar não responderam a ligações telefônicas pedindo comentários.