Por Yoshifumi Takemoto e Leika Kihara
TÓQUIO (Reuters) - As chances de Taro Kono, o ministro japonês a cargo de combater a Covid-19, tornar-se o próximo líder do partido governista, e, subsequentemente, primeiro-ministro, aumentaram nesta terça-feira depois que uma facção partidária rival se dividiu.
O Partido Liberal Democrata (PLD) fará uma eleição para escolher sua nova liderança no dia 29 de setembro, já que o primeiro-ministro Yoshihide Suga anunciou sua renúncia na última sexta-feira. É praticamente certo que o vencedor da votação assumirá seu cargo.
Até agora, só Fumio Kishida, ex-ministro das Relações Exteriores, anunciou sua candidatura, mas Kono e Sanae Takaichi, ex-ministro do Interior, expressaram a ambição de concorrer a premiê nas últimas semanas.
Kono está cogitando realizar uma coletiva de imprensa até o final da semana para anunciar sua candidatura, disse a mídia doméstica.
Após uma reunião nesta terça-feira com a facção do PLD de Shigeru Ishiba, ex-ministro da Defesa, o parlamentar Mamoru Fukuyama disse a repórteres que os membros não sabem se apoiam Ishiba na votação pela liderança ou se endossam Kono, que pertence a outra facção.
Na semana passada, Ishiba disse que está pronto para servir como primeiro-ministro se as condições forem certas. No encontro da facção, ele não disse se concorrerá à eleição, segundo Fukuyama.
Kono e Ishiba aparecem com frequência nas listas de parlamentares com os quais os eleitores simpatizam como premiê em potencial.
Membros da base do PLD votarão na escolha da liderança, assim como os parlamentares do partido, e quem vencer conduzirá a sigla à eleição da câmara baixa, que deve ser realizada até 28 de novembro – o que torna o apelo público um fator importante na escolha de um novo líder.