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Reforma do IR aprovada é prejudicial, diz economista-chefe do Credit Suisse

Publicado 15.09.2021, 11:02
Atualizado 15.09.2021, 11:27
© Reuters.

© Reuters.

Por Jessica Bahia Melo

Investing.com – Com cenário de déficit fiscal e inflação alta, o crescimento econômico brasileiro fica prejudicado, segundo Solange Srour, economista-chefe do Credit Suisse (SIX:CSGN). A incerteza em relação às eleições, o abandono de reformas estruturantes e a aprovação de medidas errôneas também não auxiliam a retomada do consumo e dos investimentos. A economista participou na manhã desta quarta-feira (15) do Eleven Sessions, evento organizado pela Eleven Financial Research.

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A discussão mais efetiva dos precatórios, das reformas tributária e administrativa é essencial, de acordo com a economista. “A gente parou a agenda de reformas. Uma parte do problema está relacionada à crise do covid e uma parte à crise política que veio antes do covid. No novembro anterior, o país enviou ao congresso três PECs para consolidação fiscal que não foram votadas e discutidas. Com a pandemia, virou a PEC Emergencial, que se tornou pouco efetiva”, destaca.

Para Srour, a reforma tributária está completamente desvirtuada e, do ponto de vista fiscal, é prejudicial. “A reforma tributária que estava em discussão no ano passado tratava de simplificar o sistema, facilitar a vida das empresas, uma reforma que poderia trazer produtividade ao longo do tempo. Não se vê impactos no curto prazo, mas se espera que ocorra, porque o sistema tributário é muito complexo. E essa reforma foi abandonada”. A economista disse ainda que a reforma aprovada na Câmara dos Deputados, que trata do Imposto de Renda, não traz simplificação. “O que ela traz é um aumento de carga tributária para determinados setores, mas com queda de arrecadação para um país que precisa gerar primários positivos. Ela não simplifica o sistema, é aprovada para cumprir uma promessa eleitoral e criar um imposto, o de dividendos, para ser a contraparte de um programa social”, argumenta.

Para o ano que vem, a previsão é de uma economia que quase não cresce. “Infelizmente só vamos conseguir sair dessa espiral se a gente retomar uma série de reformas e a gente não vê isso acontecer antes de 2023 e com nova base no Congresso, com maior credibilidade”, afirma Srour.

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Política monetária

Sobre o impacto da inflação no país, a economista disse que os processos de desinflação e consolidação fiscal são duros, mas o Brasil já passou por isso anteriormente. Com a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 9,68% em agosto, considerando o acumulado de 12 meses, a Srour acredita que vai ser difícil o retorno para a meta. O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu a meta em 3,75% neste ano, com 1,5 ponto percentual de intervalo de tolerância.

Srour apontou que o mundo passa por um choque de oferta em commodities e os serviços ficaram mais caros com a reabertura da economia, mas o Brasil tem dificuldades adicionais, como a crise de confiança, que pressiona o câmbio. “É muito choque potencializado pela depreciação do câmbio, que tem a ver com as políticas fiscais estimulativas sendo prorrogadas e a discussão se vai sustentar o teto. Isso prejudica muito o processo inflacionário. Tivemos um prolongamento de uma politica estimulativa por muito tempo. Isso cobra sua consequência agora. A gente não vê com tanta precisão como o Banco Central vai conseguir parar os juros. A gente não vê uma desinflação muito rápida no Brasil no ano que vem e em 2023”, reforça.

De acordo com a economista, a inércia inflacionária no país não foi quebrada, mas é cíclica. “Quando ela é baixa diminui e agora estamos vendo ela crescer. Isso tende a ser mais grave a medida que conseguimos ver ajustes salariais acima de 10% em algumas categorias. Em todos os processos de desinflação fortes em 2011 e 2015, a gente teve um juro real subindo bastante. infelizmente acho que isso vai precisar acontecer dessa vez também”, completa.

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Mercado externo

A economista-chefe do Credit Suisse acredita que o Federal Reserve tem conduzido muito bem o trabalho de comunicação a respeito de uma possível retirada de estímulos na economia e que o mercado não será pego de surpresa. Em relação à inflação nos países desenvolvidos, a expectativa é de que ela seja apenas temporária.

Já na Europa, o cenário analisado é grande de recuperação, mas com autoridades monetárias menos expansionistas, ainda que com políticas estimulativas. As atenções devem ser voltadas em breve às eleições na Alemanha, que podem indicar a permanência desse processo de expansão, visto a importância da economia do país.

Na China, Srour vê um movimento de maior intervenção em diversas áreas da economia, o que pode ser um fator de volatilidade nos mercados. “Acho que a China tem objetivo de controle da inflação e geopolítico, de controlar crescimento da desigualdade social e isso traz o temor de que a China possa desacelerar, traz uma fonte de incerteza. A gente vai ter que conviver com essas intervenções daqui para frente, mas também é diretriz não desacelerar a atividade”, completa a economista.

Últimos comentários

se banco não ganha 300%, não tá bom para eles só isso que importa
Bom mesmo é aquele Governo que prioriza o lucro dos rentistas e não priorizar o reinvestimento para o aumento da produção, geração de empregos e consumo. Bom mesmo é fingir que está preocupado com os mais pobres, mas no fim está defendendo os interesses de uma classe privilegiada desde sempre.
Coloque um bozo na cadeira presidencial e ele fara palhaçadas com o país, parabéns a todos!
Bolsolixo
O que se esperar de um governo lixo??? uma reforma lixo 💩🤡💩🤡
Quem chama este LIXO de reforma esta sendo enganado!!! A reforma completa foi estudada durante anos e estava pronta para ser votada. Os dementes corruptos do planalto preferiram fatiar e, de cara, enviam um LIXo que nem com muito remendo consegue ser utilizado... Aumento de impostos, complicaçao tributária, distorçào fiscal, risco fiscal, ... Tendo a acreditar que o Jegues enviou isso soimente para manipular e ganhar mais alguns milhoes operando com o mercado....
Uma reforma aonde o foco é taxar dividendos pra que com esse dinheiro aumente o bolsa família, tá na cara que não ia dar certo...
o CS não é aquele banco inescrupuloso envolvido na venda de cdo e cds subprime pra fundos de pensão, que deixou milhões de pessoas desempregadas e falidas nos eua e no mundo todo em 2008? vai caçar o q fazer.
A culpa é dos esquerdistas CS, BofA, JP Morgan, Arminio Fraga, Itaú, Barclays, ...
No Rio de Janeiro convulsão social , moleque e idoso roubando até 30 cm de fio .
kkkkk que lombra
Todos so sabem dizer que o pais tem deficit fiscal por isso tem que aumentar a tributaçãp porque não falam que tem que diminuir os gastos fazer reformas administrativa reduzir gastos cortar previlegios que existem em todos os poderes da Republica
Oligarcas comandam tudo.
Congresso e seus Presidentes não querem votar nada. Travam tudo. Estão de olho nas próximas eleições de 2022, e se formos inteligentes devemos " limpar " o Congresso e colocar pessoas longe da linha progressista, porque estes só pensam neles. Todas as reformas, estão paradas e não entram em discussão ou debate. Ou seja, trabalham contra o Brasil.
Com um sujeito da era da autotutela. Quer negociação??
DIEGO JAPA  ja disse tudo !
VOLTA COMO CONSUMO, SE NAO POUPANÇA, NO FINAL DA NO MESMO, A BANCA E BENIFICIADA.
O mercado sempre arruma uma desculpa pra corrigir os preços da ações, e sugar o dinheiro dos piores sardinhas
Uma reforma q não corta os privilégios e super salários de políticos, não é reforma. Não há dinheiro que chegue para cobrir a despesas desses políticos. São os mais corruptos do mundo, os mais caros do mundo e os mais ineficientes do mundo... Só são eficientes na hora de aumentar o salário, os privilégios e ferrar com a população. E fazem tudo isso com o consentimento do povo corrupto e desse exército corrupto e acovardado!
por isso geram brigas entre classes, o povo fica ocupado arrumando um culpado e os políticos vão enchendo os bolsos cada vez mais
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