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Por Joice Alves
LONDRES (Reuters) - Se a história oferece alguma pista sobre o que acontecerá no futuro, as duas primeiras semanas de julho podem trazer alívio aos investidores após um primeiro semestre brutal.
As ações mundiais já perderam mais de 20 trilhões de dólares em valor de mercado desde que atingiram picos recordes em janeiro.
A maioria dos principais mercados está firmemente fincada território de mercado em baixa ("bear market", em inglês), enquanto as autoridades de política monetária estão lutando para conter a inflação crescente sem esmagar o frágil crescimento econômico.
No entanto, dados sobre mudanças de preços semestrais desde 1930 mostram que as duas primeiras semanas de julho, historicamente, ofereceram os melhores retornos do ano para quem investe no índice norte-americano S&P 500.
Embora a volatilidade continue sendo um empecilho para as bolsas globais, uma pesquisa do JPMorgan (NYSE:JPM) mostrou que dois terços dos investidores provavelmente aumentarão sua exposição a ações em julho.
"Vemos um recorde de posições vendidas, projetamos um grande reequilíbrio de ações acontecendo, provavelmente ... na Europa e nos EUA. Naturalmente, apenas um reequilíbrio, porque tivemos uma queda bem grande nas ações", disse Paul O'Connor, diretor de multiativos da Janus Henderson Investors.
Os seis primeiros meses do ano foram brutal para os investidores. Analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) disseram que uma estratégia de carteira 60/40, que segue a técnica padrão de manter 60% de seus ativos em ações e 40% em renda fixa, teve o pior retorno semestral desde 1932, recuando 17%.
O UBS sugeriu aproveitar a liquidação de ações e a volatilidade para construir seletivamente posições de longo prazo.
Em um ambiente de inflação elevada, o banco suíço disse que papéis de valor, incluindo de energia e ações do Reino Unido, podem continuar a ter um desempenho superior, especialmente se aumentar a confiança de que os resultados corporativos permanecerão resilientes.
Mas os participantes dos mercados aconselham cautela, prevendo alguns meses tempestuosos à frente para os ativos de risco em meio a aumento das taxas de juros globais e preocupações com o crescimento econômico.
"O problema é que, se olharmos para além dessa (janela quinzenal de julho), as coisas parecem complicadas", disse O'Connor. Sua equipe usará qualquer potencial avanço sazonal nas ações em julho para vender na alta.
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