(Reuters) - O ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PMDB) foi acusado por delatores da empreiteira Odebrecht de ter recebido 16 milhões de reais ante o interesse da empresa na facilitação de contratos relativos à Olimpíada de 2016, segundo reportagens dos jornais Folha de S.Paulo e o Estado de S. Paulo nesta quarta-feira.
Paes é alvo de inquérito autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin no âmbito das delações da Odebrecht, de acordo com os jornais. No total, Fachin autorizou a abertura de 76 inquéritos contra parlamentares, ministros de Estado e outras autoridade.
De acordo com os delatores da Lava Jato, os recursos foram repassados em 2012 a Paes, sendo 11 milhões no Brasil e 5 milhões no exterior, acrescentaram os jornais.
Em nota divulgada por sua assessoria, o ex-prefeito do Rio disse que a acusação de que teria recebido vantagens indevidas por obras relacionadas aos Jogos Olímpicos é "absurda" e "mentirosa".