A Black Friday chegou! Não perca até 60% de DESCONTO InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Aviões de EUA e França atacam Estado Islâmico; britânicos entram na coalizão

Publicado 25.09.2014, 17:56
© Reuters Refugiados sírios curdos carregam seus pertences após cruzar fronteira Turquia-Síria

Por Arshad Mohammed e Tom Perry

NOVA YORK/BEIRUTE (Reuters) - Caças franceses atingiram alvos do Estado Islâmico no Iraque nesta quinta-feira, os Estados Unidos os atacaram na Síria e a coalizão liderada pelos norte-americanos ganhou ímpeto com o anúncio de que a Grã-Bretanha irá se unir aos esforços.

Os ataques franceses foram uma resposta imediata à decapitação de um turista do país na Argélia pelas mãos de militantes que disseram que a execução foi uma punição pela decisão de Paris, na semana passada, de se tornar o primeiro país europeu a participar da campanha de bombardeios encabeçada pelos Estados Unidos.

A França declarou que seus caças atingiram quatro hangares do Estado Islâmico que continham equipamento militar perto da cidade iraquiana de Fallujah, um bastião do grupo extremista e de outros militantes sunitas a oeste da capital Bagdá.

Nos EUA, o diretor da polícia federal (FBI), James Comey, afirmou que Washington identificou o militante mascarado do Estado Islâmico que se acredita ter decapitado dois reféns norte-americanos nas últimas semanas, atos que ajudaram a determinar os bombardeios de Washington.

O primeiro-ministro do Iraque, Haidar al-Abadi, presente a uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, disse nesta quinta-feira ter informações confiáveis de que redes do Estado Islâmico no Iraque tramavam ataques em trens do metrô nos EUA e na França.

Autoridades de alto escalão dos EUA declararam não ter provas da ameaça específica citada por Abadi, mas o governador de Nova York disse que ele e seu colega de Nova Jersey já estão reforçando a segurança nos meios de transporte em virtude das possíveis ameaças do Estado Islâmico.

Mais cedo na quinta-feira, a França disse que irá fazer o mesmo no metrô e em lugares públicos depois da morte do turista Hervé Gourdel por parte de simpatizantes do Estado Islâmico na Argélia.

A Grã-Bretanha, maior aliada dos norte-americanos nas guerras da década passada, finalmente anunciou que também irá ajudar nos ataques aéreos contra alvos do Estado Islâmico no Iraque, depois de semanas pesando suas opções. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, reconvocou o parlamento, que deve dar sua aprovação na sexta-feira.

Embora países árabes tenham se juntado à coalizão, os aliados ocidentais tradicionais de Washington demoraram para atender o apelo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mas desde segunda-feira Austrália, Bélgica e Holanda informaram que irão enviar aviões.

Até o momento, os aliados ocidentais concordaram em participar dos ataques aéreos somente no Iraque, onde o governo pediu ajuda, e não na Síria, onde as incursões estão sendo realizadas sem a permissão formal do presidente sírio, Bashar al-Assad. Nesta quinta-feira, entretanto, a França disse não descartar ampliar os ataques e incluir a Síria.

RESULTADO DOS ATAQUES

De quarta para quinta-feira, os ataques liderados pelos norte-americanos no leste sírio mataram 14 combatentes do Estado Islâmico, de acordo com um grupo de monitoramento, e foi relatado que no local forças curdas repeliram um avanço dos islâmicos rumo à cidade fronteiriça de Kobani.

A ofensiva aérea ocorreu na esteira do alarme crescente nas capitais ocidentais e árabes desde que o Estado Islâmico, um grupo militante sunita, ocupou vastas áreas da Síria e do Iraque, proclamou um "califado" para comandar todos os muçulmanos, massacrou prisioneiros e ordenou a xiitas e não-muçulmanos que se convertam ou morram.

Uma terceira noite de bombardeios dos EUA e de aliados árabes visou refinarias de petróleo controladas pelo Estado Islâmico em três localidades remotas do leste da Síria na tentativa de cortar uma grande fonte de renda da facção dissidente da Al Qaeda. As incursões também parecem ter como objetivo atrapalhar a capacidade do grupo radical de operar na fronteira entre Síria e Iraque.

© Reuters. Refugiados sírios curdos carregam seus pertences após cruzar fronteira Turquia-Síria

Um perigo que a campanha corre na Síria é a falta de aliados fortes no local. Washington continua hostil ao governo de Assad e quer que outros opositores sírios ocupem o vácuo à medida que o Estado Islâmico é repelido, mas tais grupos de "oposição moderada" têm tido sucesso limitado.

Os EUA e seus aliados árabes mataram dezenas de combatentes do Estado Islâmico nas primeiras 24 horas dos ataques aéreos, a primeira ofensiva direta dos EUA na Síria duas semanas depois de Obama prometer atingir o grupo dos dois lados da divisa iraquiano-síria.

(Reportagem adicional de John Irish, Julien Ponthus e Andrew Callus em Paris, Sylvia Westall em Beirute)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.