DUBAI (Reuters) - O Irã libertou a trabalhadora humanitária britânica-iraniana Nazanin Zaghari-Ratcliffe de prisão domiciliar ao fim de sua sentença de cinco anos de prisão, mas ela foi convocada ao tribunal novamente para responder a outra acusação, afirmou seu advogado neste domingo.
Zaghari-Ratcliffe, diretora de projetos da Fundação Thomson Reuters, foi presa no aeroporto de Teerã em abril de 2016 e posteriormente condenada por planejar a queda do poder clerical.
Zaghari-Ratcliffe, que passou a maior parte da sua sentença na prisão de Evin, em Teerã, foi solta no último mês de março durante a pandemia de coronavírus e mantida sob prisão domiciliar, mas seus movimentos estavam restritos e ela não podia deixar o país.
No domingo, as autoridades removeram a sua tornozeleira eletrônica.
“Ela foi perdoada pelo líder supremo do Irã ano passado, mas passou o último ano da sua sentença sob prisão domiciliar com algemas eletrônicas presas aos seus pés. Agora, elas foram retiradas”, disse o seu advogado Hojjat Kermani a um site iraniano. “Ela foi libertada”.
O Judiciário do Irã não estava imediatamente disponível para comentar a sua soltura. Sua família e a fundação, uma caridade que opera de maneira independente da empresa de mídia Thomson Reuters e sua subsidiária Reuters, negam a acusação.
(Reportagem de Parisa Hafezi em Dubai e Elizabeth Piper em Londres)