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Ânimo global empurra dólar a mínima em quatro meses e moeda rompe suporte técnico

Publicado 01.12.2020, 17:15
Atualizado 01.12.2020, 18:05
© Reuters. Notas de reais e dólares em casa de câmbio no Rio de Janeiro

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - Uma onda de vendas de dólares dominou o mercado de câmbio nesta terça-feira, com a moeda norte-americana rompendo um importante suporte técnico pela primeira vez em 16 meses e descendo ao menor patamar desde julho, sob pressão do amplo apetite por risco global amparado por expectativa de mais estímulos no mundo e de retomada econômica mais rápida.

O real liderou os ganhos entre as principais divisas globais, mas foi seguido de perto por vários rivais que se beneficiam de esperanças de recuperação econômica global. O índice do dólar ante uma cesta de moedas despencou a uma mínima em mais de dois anos e meio, enquanto as ações em Wall Street bateram novos recordes.

O dólar à vista caiu 2,22%, a 5,2282 reais na venda, menor patamar para um encerramento desde 31 de julho passado (5,2185 reais). A moeda oscilou em queda durante toda a jornada, variando entre 5,3304 reais (-0,30%) e 5,2174 reais (-2,42%).

Com a baixa desta terça, a cotação terminou abaixo de sua média móvel de 200 dias (5,3088 reais), um importante suporte técnico rompido de forma consistente durante a sessão --movimento que, segundo analistas, retroalimentou as vendas.

O dólar não fechava abaixo dessa média móvel desde 31 de julho de 2019.

"Rally Biden, juros e dólar derretem", resumiu Paulo Gala, mestre e doutor em Economia e professor da disciplina na FGV-SP, referindo-se ao grande otimismo dos mercados de que a administração de Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, e sua equipe econômica abram as torneiras de dinheiro barato e irriguem a economia com ainda mais liquidez, que poderia migrar para mercados emergentes, como o Brasil.

Ao apresentar seu time econômico, Biden apelou ao Congresso que aprove um pacote de alívio ao coronavírus que está paralisado há meses e prometeu mais ações para reativar a economia depois que assumir o cargo no mês que vem. Biden disse que qualquer pacote aprovado pelo Congresso antes de ele assumir, em 20 de janeiro, seria "apenas o começo".

A futura secretária do Tesouro, Janet Yellen (ex-chair do Federal Reserve), afirmou que medidas urgentes são necessárias para evitar que o tombo da economia se retroalimente.

Os mercados em todo o mundo vêm num rali de risco desde a eleição norte-americana, ocorrida em 3 de novembro, confiantes na eleição de Biden e no aumento de gastos. Desde essa data, o dólar no Brasil acumula um tombo de 9,25%.

"Fluxo relevante para emergentes, principalmente no mês de novembro. Até 27 de novembro estrangeiros entraram com mais de 32 bilhões de reais na bolsa brasileira, número que pode se tornar muito maior se o país endereçar o fiscal de forma responsável", comentou no Twitter Leonardo Monoli, gestor do Opportunity Total.

O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) calcula que o quarto trimestre de 2020 será o de maior influxo a mercados emergentes desde os primeiros três meses de 2013.

Não bastasse o ambiente externo já propício ao risco, no meio da tarde o dólar aprofundou a queda ante o real após notícia de que o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), vai incluir a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021 na pauta da sessão conjunta no dia 16 de dezembro, o que sinaliza algum direcionamento para o Orçamento de 2021.

Os juros futuros desabaram cerca de 20 pontos-base, enquanto o Ibovespa saltava 2,2% a caminho do fechamento, acima de 111 mil pontos.

O risco de aumento de despesas no Brasil em 2021 depois do salto no déficit primário neste ano por causa da pandemia representa uma dor de cabeça para os mercados. A deterioração das contas públicas, segundo analistas, ainda é o principal motivo para a disparada de 30,28% do dólar ante o real em 2020.

© Reuters. Notas de reais e dólares em casa de câmbio no Rio de Janeiro

Mas o Bank of America disse estar "cautelosamente otimista" com relação ao real, citando justamente expectativa de maior clareza sobre o cenário fiscal no primeiro trimestre de 2021, além de valuations "atrativos".

"Em nosso cenário-base, o teto de gastos permanecerá em vigor ao longo de 2021 e a agenda de reformas avançará, o que seria positivo para o real", disseram em relatório Gabriel Tenorio e Claudio Irigoyen.

Os economistas do banco projetam que o dólar fechará 2020 em 5,30 reais e descerá a 5,10 reais ao fim de março, nível no qual terminará o segundo e o terceiro trimestres de 2021.

Últimos comentários

A vendita do Correios e Petrobas e fim do Brasil
Opa
Nao sei a quanto o dolar vai fechar, mas que é estranho este otimismo é, Pais com mais de 14 milhoes de desempregados, defict na casa dos 100 % do PIB, recorde de empresas fechando as portas, covid 19 voltando aos níveis de abril, hospitais com leitos de UTI perto da capacidade, governo sem base para fazer reformas e por ai vai..... um pouco difícil ser otimista com este cenário mas segue a euforia depois veremos o resultado
Vamos empurrar este dolar pra baixo quanto mais baixo melhor para nós porque com o valor alto do dolar os agricultores estão exportando nossa produvção de alimentos Onde vem a ter essa alta grande doa alimentos e tbm a carne
Incrivel os chutes dos especialistas . Acredito no dolar abaixo dos 5,00 em dez/20
Só falta Bolso-Guedes influencer de fanáticos lunáticos trumpistas não dar uma de Grinch e acabar com Natal... aí é lua
Cautela, muito blá blá blá... qdo começarem realizar, os fundos melhorarem seu desempenho para Apresentar para os cotiatas, vai ser complicado...
Só DitáDoria influencer de governadores / prefeitos não dar uma de Grinch e acabar com Natal...ai é lua
a ditadura da China faz o que quer,só um tolo acredita que por lá tudo está certo. incrível confiar nos números chineses
 confiar nos números da China é o mesmo que confiar nos números do Ministério da Saúde do Eduardo PAZUELLO. Alguém confia nestes números maquiados?
 a velha política está impregnada no sangue do velho político Bolsonaro. Tanto está que acabou de fazer um "pacto com El Diablo" do CENTRÃO... em campanha dizia que nunca teria este pacto com o demo... tô vendo de queixo caído o Dilmo de calças fazer exatamente o que a Dilma de saias fazia. *** VELHA POLÍTICA para velhos políticos ***
quando os BC começarem a reajustar (subir) as taxas de juros, será dólar nas alturas e bolsas caindo.
Como vê esse papo de Suporte, Topo, Fundo e gráficos para nada serve
Caindo por causa de que pais quebrado governo nao gosta de dolar baixo kkkk agradeça ao biden por dolar cair kkkk
O mercado vai começar a cair logo logo.
o governo tá preso numa sinuca de bico, sem auxílio o risco fiscal diminui, teoricamente o dólar fica na baixa, mas a popularidade do governo no início de 2021 sem auxílio com a maior taxa de desemprego dos últimos tempos, vai cair para patamares de Dilma. complicado.
vai ganhar de novo!
 a cada dia conto menos votos daqueles que, assim como eu, deram lá atrás alegando "voto útil"... estou vendo minguar esses votos, restando apenas a militância que não dá nem 20%
ai que vc se engana. Até o Nordeste vai votar nele em massa. Veremos em 2022.
tenho cotas de dólar há 2.99
parabéns
depois ele dispara de novo vou comprar mais aínda
Hahahahahahahahahahaha
Como vê esse papo de Suporte, Topo, Fundo e gráficos para nada serve
Falei que o dolár ia voltar para patamares pré-pandemia com a liberação de vacinas.
eu acho que ainda fecha o ano pouco acima de 5,00. Para 2021 volta para abaixo de 4,50 com certeza.
Se o dólar não estivesse alto nosso PIB seria - 10% igual previu Moody´s Stanley Poor´s OMC ONU OCDE e outros tantos orgãos agencias etc que gostam de depreciar o Brasil...as exportações fluíram o agro/pecuária, minérios, petróleo sustentaram a balança. Sem falar que importamos menos, porém aumentaram aos preços internos e pagamos mais caro pelos produtos, isso reverteu em menos itens no ticket, mais com valor maior, arrecadou-se mais...e pode-se manter auxilio que manteve de certa forma o comercio.
pré pandemia taxa em 5% e M2 menos da metade do atual e USA em pleno emprego.. Pós pandemia: queda no consumo americano, M2 ridiculamente alto, fiscal horrível, endividamento crescente tanto no público quanto no privado, e Selic a 2%... boa sorte nessa sua lógica de se antes era limão depois virou limonada, só voltar a fazer limão de novo.
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