TAIPÉ (Reuters) - O Alibaba Group Holding vai fornecer a Taiwan as informações exigidas sobre seus negócios, disse nesta terça-feira o presidente-executivo do Conselho da companhia, Jack Ma, depois que o governo ordenou que o gigante chinês de comércio eletrônico saísse da ilha dentro de seis meses.
Ma disse a repórteres em Taipé que o erro do Alibaba é a "falta de comunicação suficiente" com as autoridades taiuanesas. Anteriormente, a companhia disse que havia estabelecido sua filial em Taiwan de acordo com as regulações "daquele momento".
"Entendemos completamente os pedidos que Taiwan fez neste momento", disse Ma a repórteres.
"O Alibaba não é uma companhia que desiste facilmente", ele acrescentou, quando questionado se a companhia sairia de Taiwan, onde opera desde 2008 e conta com cerca de 300 mil clientes.
Na segunda-feira, o regulador de investimentos de Taiwan disse que o Alibaba havia violado regras exigidas de uma companhia chinesa e tinha que sair da ilha. A empresa também foi multada em 120 mil dólares taiuaneses (3.824 dólares).
Os investimentos chineses na ilha são estritamente regulados pois a China continental ainda é considerada uma inimiga política apesar de crescentes laços comerciais e econômicos desde o final dos anos 2000.
O regulador de investimentos de Taiwan disse que estava analisando a estrutura acionária do Alibaba desde que a empresa foi listada nos Estados Unidos em setembro, e que pedira documentos da companhia para esclarecimentos, mas estes documentos não foram fornecidos.
(Por Faith Hung)