Investing.com – As moedas de mercados emergentes foram operadas em baixa nesta quinta-feira, em meio ao nervosismo dos investidores com as perspectivas de crescimento mundial, após a ata da última reunião do Banco Central dos EUA (Fed) e com a influência dos baixos preços do petróleo.
Os medos relacionados com as perspectivas para o crescimento mundial se intensificaram após as atas de quarta-feira da reunião de julho do Fed terem mostrado que as autoridades acreditam que a economia está se aproximando do ponto em que as taxas de juros devem ser aumentadas, mas observaram que a fraqueza na economia mundial ainda pode representar riscos para as perspectivas econômicas dos EUA.
A lira turca caiu atingiu uma nova baixa histórica em relação ao dólar na quinta-feira e a moeda do Cazaquistão, o tenge, despencou 23% após o país ter retirado o controle sobre sua moeda, permitindo que a moeda flutuasse livremente.
A lira caiu em relação ao dólar, uma vez que as preocupações com o aumento das tensões políticas e os recentes ataques terroristas exacerbaram as preocupações com a relutância do banco central em conter a onda de vendas persistente da moeda.
A lira turca caiu 25% em relação ao dólar neste ano, tornando-se a segunda moeda de pior desempenho dos mercados emergentes depois do real brasileiro.
O tenge do Cazaquistão atingiu uma baixa histórica de 195,89 contra o dólar nesta quinta-feira, após nação da Ásia Central ter dito que estava permitindo uma flutuação livre em uma tentativa de garantir o crescimento das exportações.
O Cazaquistão é o maior exportador de petróleo da Ásia Central.
A ação surgiu após a desvalorização surpresa do yuan na China na semana passada, com uma confusão nos mercados asiáticos. O Vietnã desvalorizou o dong pela terceira vez neste ano na quarta-feira.
As preocupações com a desaceleração do crescimento na China, antes uma grande engrenagem da demanda mundial, influenciaram a procura dos investidores por ativos mais arriscados, com commodities e mercados emergentes entre os mais atingidos.
As recentes quedas acentuadas nos mercados acionários chineses têm diminuído a confiança dos investidores na capacidade do governo de revitalizar o crescimento econômico.