LUXEMBURGO (Reuters) - Chanceleres da União Europeia discutiram neste sábado a possibilidade de construção de centros da UE para refugiados fora da Europa como um caminho para enfrentar a crise migratória, mas a principal diplomata do bloco disse que a proposta exigiria "recursos enormes".
Possibilitar aos refugiados pedir asilo no Oriente Médio e na África poderia ajudar a interromper as tentativas de milhares de pessoas de chegar à Europa por meio de um périplo perigoso.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, defendeu a construção desses centros de recepção perto de zonas de guerra "fora da Europa, onde já existem campos de refugiados".
"Discutimos a questão dos centros externos", disse a chefe de política externa da UE, Federica Mogherini, em entrevista coletiva após encontro de ministros de Relações Exteriores da UE com o chanceler turco, Feridun Sinirlioglu, cujo país abriga cerca de 2 milhões de refugiados sírios, dos quais muitos se lançam ao mar na tentativa de chegar à UE pela Grécia.
Mogherini disse que o número de pessoas que provavelmente recorreriam a esses centros para apresentar pedido de asilo representaria um grande desafio.
"Não podemos desestabilizar países que já enfrentam desafios enormes no que se refere a campos e refugiados nas comunidades. E isso exigiria recursos enormes da nossa parte para construção", disse Mogherini.
(Reportagem de Robin Emmott e Francesco Guarascio)