Por Arshad Mohammed e Sabine Siebold
BRUXELAS (Reuters) - O governo iraquiano foi plenamente informado sobre o plano dos Estados Unidos de posicionar forças especiais norte-americanas no Iraque, e os dois governos vão manter consultas estreitas sobre o local para onde vão e o que vão fazer, disse o secretário de Estado John Kerry, nesta quarta-feira.
O secretário de Defesa norte-americano, Ash Carter, informou na terça-feira que os EUA vão enviar uma nova força de operações especiais ao Iraque para combater os militantes do Estado Islâmico que tomaram porções do país e da vizinha Síria.
O gabinete do premiê iraquiano, Haider al-Abadi, informou que a assistência estrangeira é bem-vinda, mas o governo do Iraque teria de aprovar qualquer envio de forças de operações especiais para qualquer lugar no país. Também afirmou que as tropas estrangeiras de combate em terra não são necessárias no Iraque, embora não tenha ficado claro se o governo iraquiano considera que essas forças dos EUA terão esse papel.
"O governo do Iraque foi naturalmente informado com antecedência do anúncio do secretário Carter", disse Kerry a repórteres na Otan. "Vamos continuar a trabalhar muito, muito estreitamente com os nossos parceiros iraquianos sobre exatamente quem será enviado, para onde será enviado, que tipos de missões as pessoas iriam realizar, como iriam apoiar os esforços do Iraque para enfraquecer e destruir o ISIL."
O principal diplomata dos EUA também disse que os Estados Unidos pediram a outros membros da Otan, aliança ocidental de segurança formada por 28 países, que forneçam forças de operações especiais para permitir ações como treinamento da polícia, munições e outros itens para os vizinhos da Síria.
(Reportagem de Arshad Mohammed)