XANGAI (Reuters) - A China vai aplicar padrões ambientais, de segurança e de eficiência energética de forma mais estrita, bem como controles mais duros de crédito para ajudar no combate ao excesso de capacidade em setores industriais-chave, segundo o governo.
A segunda maior economia do mundo identificou no excesso de capacidade um de seus principais desafios e já se comprometeu com o fechamento em massa nos setores do aço e do carvão que, até agora, não ocorreram.
Segundo um anteprojeto de política, o Ministério da Indústria e Informação disse na sexta-feira que iria "normalizar a implementação e execução mais rigorosa de normas imperativas" para combater o excesso de capacidade em setores como aço, carvão, cimento, fabricação de vidro e alumínio.
O plano prevê implementar uma política de "crédito diferenciada" que permitiria aos credores a concessão de empréstimos para ajudar na reestruturação das empresas, mas o financiamento às empresas de baixo desempenho seria suspenso.
As empresas que não cumprirem as novas metas de eficiência energética teriam seis meses para se retificarem ou seriam fechadas. As que continuarem a exceder os padrões de poluição de ar e de água seriam multadas diariamente e, em casos graves, ordenadas a fechar.
O documento diz ainda que as autoridades poderiam cortar o fornecimento de energia e água, e até destruir equipamentos de empresas que não cumprirem as normas ambientais e de segurança. As instalações também podem ser fechadas para impedir que voltem a operar.
Neste ano, a China planeja suprimir 45 milhões de toneladas da capacidade anual de aço bruto e 250 milhões de toneladas da produção de carvão, mas apenas um terço desse total foi totalmente encerrado até julho, segundo a Comissão de Desenvolvimento e Reforma Nacional.
(Reportagem de David Stanway)