Alicia García de Francisco.
Redação Central, 27 jun (EFE).- Os milhões de fiéis fãs da saga
adolescente "Crepúsculo" contam os dias, as horas e os minutos que
faltam para chegar às salas de cinema sua terceira parte, "Eclipse",
que estreará no mundo todo na próxima quarta-feira, dia 30 de junho.
Alguns afortunados puderam assistir na quinta-feira em Los
Angeles a pré-estreia, da qual participou o trio protagonista do
filme, Robert Pattinson, de 24 anos, Kristen Stewart, de 20, e
Taylor Lautner, de 18.
Ou seria melhor dizer Edward Cullen, Bela Swan e Jacob Black, os
três ídolos dos adolescentes que devoraram os quatro livros que
compõem esta saga de vampiros escrita por Stephenie Meyer e da qual
foram vendidos mais de 70 milhões de exemplares em 37 idiomas
diferentes.
Um fenômeno que tornou os atores protagonistas famosos e que
voltou a colocar na moda as histórias de vampiros.
Após o sucesso de "Crepúsculo", os escritores à busca de um êxito
se centraram nos vampiros e as séries de televisão também
aproveitaram o filão, com sucessos como "True Blood" e "The Vampire
Diaries".
O cinema se mostrou até agora mais reticente e deixou todo o
espaço livre para "Crepúsculo", com alguma tentativa pouco
afortunada como "Circo dos Horrores. O Aprendiz de Vampiro".
Mas nenhum se aproximou nem de longe do fenômeno suscitado no
mundo todo com as histórias de Meyer.
O primeiro filme - "Crepúsculo" (2008) -, sobre a base do sucesso
literário, conseguiu uma arrecadação de US$ 408 milhões, e o segundo
- "Lua Nova" (2009) - quase duplicou esse número, alcançando US$ 709
milhões, o que o situa no 38º lugar das maiores bilheteiras da
história.
Os produtores esfregam as mãos e, perante as enormes expectativas
de receita do mais recente "Eclipse", inclusive decidiram repetir
uma jogada que também foi feita com o último Harry Potter.
O quarto livro da saga de vampiros, intitulado "Amanhecer", vai
ser levado aos cinemas em duas partes, que estrearão em 2011 e 2012.
Uma forma como qualquer outra de fazer caixa.
E sobretudo de explorar personagens que se transformaram em
verdadeiros ícones da adolescência e em protagonistas frequentadores
de revistas, jornais e programas de televisão, tanto de cinema como
de fofocas.
Porque o romance, seja real ou fictício, de Pattinson e Stewart,
encheu milhares de páginas de revistas e tomaram milhares de minutos
da televisão. Além de fazer os admiradores da saga sonharem com a
possibilidade de que a realidade superasse, de novo, a ficção.
Estratégia de propaganda ou romance real, o caso é que desde a
estreia de "Lua Nova" até a chegada de "Eclipse", a saga
"Crepúsculo" continua na boca de todos.
Daí que as expectativas agora sejam enormes, apesar de que os
amantes destes vampiros adolescentes conhecem e muito bem o que o
filme vai contar. Porque os longas-metragens são extremamente fieis
à história idealizada por Meyer.
Mas mesmo assim, a ânsia de ver em imagens o triângulo amoroso
são tais que, por exemplo, nas duas páginas web mais populares dos
Estados Unidos de venda de entradas de cinema - fandango.com e
MovieTickets.com - 50% de suas vendas são para ver "Eclipse".
Em apenas alguns dias se saberá se o filme continua fascinando e
se as dúvidas de Bela para escolher entre Edward e Jacob, os
confrontos entre vampiros e lobisomens, ou a vingança de Victoria
são argumentos suficientes para que "Eclipse" se transforme no
sucesso do verão, do ano ou da década.
Já há quem se atreva a aventurar que "Eclipse" poderia superar em
seus primeiros quatro dias de exibição os US$ 180 milhões de
"Homem-Aranha 2" em 2004 em um período igual.
Embora sem dúvida será difícil chegar aos mais de US$ 1 bilhão
arrecadados por "Alice no País das Maravilhas" de Tim Burton, que se
situa assim como o quinto filme de maior bilheteira da história. EFE