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Portugal mantém bloqueio à venda da Vivo para a Telefónica

Publicado 16.07.2010, 18:44

Lisboa, 16 jul (EFE).- O Governo português mantém o bloqueio à venda dos 30% da brasileira Vivo controlados pela Portugal Telecom (PT) porque considera que não houve novidades sobre a oferta de 7,15 bilhões de euros, que expira nesta sexta-feira, feita pela espanhola Telefónica.

Por sua vez, o conselho de administração da Portugal Telecom encerrou sua reunião extraordinária desta sexta-feira - que durou quatro horas - sem anunciar nenhuma novidade sobre a venda de sua participação na Vivo.

Lisboa deixou claro que os diretores da Telefónica devem cumprir sua "missão" e velar pelos interesses dos acionistas.

Entre eles, se encontra o Estado português, que, com sua ação de ouro no antigo monopólio português das comunicações, vetou a venda da Vivo, aprovada por 73,9% dos votos emitidos na assembleia da sociedade, realizada no dia 30 de junho.

Frente à posição reiterada pelo Governo português, o principal acionista nacional da Portugal Telecom, o Banco Espírito Santo (BES), que tem cerca de 8% do capital da empresa, defendeu hoje a venda da Vivo à Telefónica para que a PT possa iniciar outros projetos no Brasil com novos recursos financeiros.

O presidente do BES, Ricardo Salgado, expressou seu apoio à venda em declarações à imprensa portuguesa. No entanto, ele reconheceu que "neste momento, a decisão está mais do lado do Governo" de Lisboa, após usar a ação de ouro para vetar a operação.

Em relação à oferta da empresa espanhola, o ministro da Presidência de Portugal, Pedro Silva Pereira, fixou a posição do Executivo e afirmou, após o conselho de ministros de hoje, que "a posição do Governo é conhecida: fez um pronunciamento contra, pelo qual, se a proposta não for alterada, o mantém".

O ministro ressaltou que o assunto da Vivo não foi abordado no conselho de ministros de hoje. Segundo ele, "o melhor que se pode fazer é aguardar o desenvolvimento do processo".

Pereira lembrou que a Telefónica "manifestou sua vontade de negociar com a PT" e assegurou que o Executivo não tem uma "participação direta nas negociações, dado que se trata de um diálogo entre a administração da PT e a da Telefónica".

Por sua vez, o presidente do BES demonstrou esperança pela possibilidade de que haja alguma novidade nas próximas horas, ao destacar que, "teoricamente", é o último dia dado pela Telefónica para a transação.

Já na opinião de Salgado, a colaboração entre a PT e a Telefónica na sociedade Brasilcel - por meio da qual as duas controlam 60% do capital da Vivo - "está esgotada". Cada uma possui metade das ações da Brasilcel.

Mas, segundo ele, o Governo brasileiro manifestou várias vezes o interesse de que a PT continue atuando no país, garantindo oportunidades para que a operadora portuguesa, caso deseje investir em outro projeto, tenha "todas as condições para ser uma empresa vencedora".

Apesar das negociações atribuídas pelos analistas e pela imprensa, até agora nem a PT nem a Telefónica informaram sobre algum progresso para fechar a operação da Vivo, que, na opinião do Governo português, está em ponto morto.

A oferta, cuja validade termina hoje, é a terceira feita pela Telefónica para assumir todo o capital da Brasilcel e, por conseguinte, controlar a operadora brasileira.

Os diretores da empresa espanhola asseguraram que não prorrogarão nem aumentarão a oferta, como fizeram em outras duas ocasiões desde a primeira proposta, no dia 6 de maio, quando ofereceram 5,7 bilhões de euros.

Os acionistas nacionais e o conselho de administração da PT consideraram baixa a proposta e também rejeitaram a segunda, de 6,5 bilhões de euros, apresentada no dia 1º de junho.

A oferta atual de 7,15 bilhões foi anunciada poucas horas antes da assembleia de acionistas da empresa no dia 30 de junho, convocada para decidir a operação. Embora na ocasião a proposta tenha sido aceita incomodamente, acabou sendo bloqueada com a ação de ouro do Governo português.

O Executivo de José Sócrates justificou sua decisão na defesa do interesse nacional, para que a PT continue no Brasil, onde tem sua principal fonte de lucro e crescimento.

O Governo português, então, recusou voltar atrás na decisão de vetar a proposta. Por isso, o Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) declarou ilegal, no último dia 8, a ação de ouro usada por Lisboa. EFE

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