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Iata reduz a US$ 8,6 bi a previsão de lucro do setor aéreo

Publicado 02.03.2011, 11:21
Atualizado 02.03.2011, 12:07

Genebra, 2 mar (EFE).- A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) revisou nesta quarta-feira para baixo a previsão de lucro líquido do setor em 2011, que reduziu em US$ 500 milhões, para US$ 8,6 bilhões.

O recuo na previsão é causado pela alta do petróleo por causa da situação instável no Oriente Médio e o norte da África, países produtores e exportadores de petróleo.

A entidade havia calculado anteriormente que o lucro da indústria aérea seria de US$ 9,1 bilhões neste ano, mas agora estima uma quantia ao redor de US$ 8,6 bilhões.

O ajuste atende à projeção revisada do preço médio do barril de petróleo para 2011, que a Iata calcula agora para US$ 96 e não US$ 84, previsto em dezembro.

Como consequência, o resultado líquido do setor da aviação cairá 46%, com relação aos US$ 16 bilhões de 2010, adiantou a entidade que associa a mais de 250 companhias aéreas de todo o mundo.

A Iata aposta que as companhias aéreas da região Ásia-Pacífico gerarão a maior rentabilidade entre as regiões (US$ 3,7 bilhões), mas mesmo ficarão abaixo dos US$ 7,6 bilhões que produziram neste ano.

No outro extremo estarão as companhias europeias, das quais se esperam só US$ 500 milhões de lucro e não US$ 1 bilhão projetado anteriormente e menos do que os US$ 1,4 bilhão conquistado ao longo de 2010.

A explicação da baixa confiança nos operadores aéreos na Europa é a constatação de que a crise da dívida e bancária ainda não terminou e impacta nos mercados nacionais.

De qualquer maneira, as companhias aéreas europeias se mantêm como as menos rentáveis entre as principais regiões do negócio aéreo, com resultado operacional de Ebit 1,1%.

Pelas previsões da Iata, as companhias latino-americanas deveriam ganhar US$ 300 milhões em 2011, longe de US$ 1 bilhão conquistado no ano passado, uma redução atribuída ao efeito que terá o reajuste no petróleo.

Acredita-se que na América Latina continuará com seu vigoroso crescimento econômico e do comércio internacional, motores da demanda no transporte aéreo de passageiros e de carga.

O diretor-geral da Iata, Giovanni Bisignani, disse em entrevista coletiva que a alta do preço do petróleo é sem dúvida a maior ameaça à indústria aérea, mas ressaltou que também há outras de menor impacto, como "o aumento dos impostos".

Lembrou que em 2010 foram reajustados impostos de 3% a 5% para os bilhetes aéreos no Reino Unido, Alemanha e Áustria, um movimento que Islândia, Índia e África do Sul parecem querer imitar em breve. EFE

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