Rio de Janeiro, 21 nov (EFE).- O diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Haroldo Lima, disse nesta segunda-feira que investiga se a Chevron atuou de má fé no vazamento de petróleo ocorrido há duas semanas no Atlântico.
O diretor disse a jornalistas que a empresa suavizou algumas informações importantes e escondeu alguns fatos que mostravam a proporção real do acidente.
O vazamento aconteceu há 13 dias em uma das jazidas do Campo de Frade, a 370 quilômetros do litoral do estado do Rio de Janeiro, e a uma profundidade próxima dos 1.200 metros.
Lima afirmou que a ANP poderia proibir a operação da companhia petrolífera americana no país e assegurou que estuda aplicar três multas à empresa, por carecer do equipamento para cimentar o poço e ocultar informações.
A multa máxima que pode ser aplicada pelo vazamento é superior a R$ 50 milhões de reais, embora possam ser acumuladas outras sanções de organismos ambientais e do Governo estadual. De acordo com Lima, a empresa não estava preparada para executar o plano de abandono e a ANP investigará a fundo a situação.
A ANP calcula que vazaram ao mar entre 2.700 e 3 mil barris de petróleo na primeira semana, até que a companhia começou a selar a fissura no fundo do mar na quarta-feira. O diretor da ANP afirma que ainda vaza petróleo por uma rachadura e há um gotejamento em outros nove pontos da fissura.
A comissão do Meio Ambiente do Senado aprovou nesta segunda-feira a realização de uma audiência pública para estudar o caso, na qual serão convocados os responsáveis da Chevron e os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e Minas e Energia, Edison Lobão.
O presidente da divisão brasileira da Chevron, George Buck, disse neste domingo que a companhia petrolífera assume total responsabilidade pelo vazamento. EFE