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Bovespa sobe 0,9% e volta ao patamar de 66 mil pontos; ações da Suzano disparam

Publicado 01.08.2017, 18:15
Atualizado 01.08.2017, 18:20
© Reuters.  Bovespa sobe 0,9% e volta ao patamar de 66 mil pontos; ações da Suzano disparam
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Por Flavia Bohone

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista iniciou o mês de agosto em alta e retomou o patamar de 66 mil pontos, em sessão de destaque para as ações da Suzano Papel e Celulose (SA:SUZB5), que lideraram os ganhos, após o conselho de administração da empresa aprovar migração para o segmento Novo Mercado da B3.

O Ibovespa fechou em alta de 0,9 por cento, a 66.516 pontos. Desde o dia 17 de maio, quando foram divulgadas as gravações de conversas do empresário Joesley Batista com o presidente Michel Temer, o índice não fechava no patamar de 66 mil pontos.

O giro financeiro somou 7,4 bilhões de reais.

Além de um intenso noticiário corporativo, a ata da mais recente reunião de política monetária do Banco Central, divulgada nesta manhã, também ajudou a corroborar o tom positivo do mercado acionário ao reforçar a sinalização de novo corte de 1 ponto percentual na taxa básica de juros.

No entanto, apesar dos ganhos na sessão, o mercado segue com alguma cautela, à espera de novidades no front político antes da votação do plenário da Câmara dos Deputados da admissibilidade da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, prevista para quarta-feira, e também de olho na situação fiscal e na capacidade do governo de cumprir a meta.

"O risco (para o mercado acionário brasileiro) é a parte política. É isso que faz com que o investidor estrangeiro ainda não venha com força total para cá", disse o analista da Clear Corretora Raphael Figueredo.

DESTAQUES

- SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA (SA:SUZB5) avançou 7,42 por cento, após subir 9,77 por cento na máxima da sessão, reagindo à aprovação da migração para o segmento Novo Mercado, por meio da conversão da totalidade das ações preferenciais em papéis ordinários na proporção de 1 para 1. Analistas do Credit Suisse destacaram que a mudança representa um grande marco histórico para o mercado de capitais brasileiro e, especialmente, para a Suzano.

- ITAÚ UNIBANCO PN ganhou 3,22 por cento, após reportar dados do segundo trimestre que, segundo analistas do UBS, mostram melhora na qualidade de ativos. O lucro recorrente do Itaú (SA:ITUB4) subiu 10,7 por cento ante igual período do ano passado, para 6,169 bilhões de reais.

- BRADESCO PN (SA:BBDC4) teve alta de 1,23 por cento, também corroborando com o tom positivo do índice devido ao peso das ações em sua composição.

- FIBRIA ON (SA:FIBR3) subiu 4,17 por cento, entre os destaques positivos do Ibovespa. Como pano de fundo estava a notícia publicada pelo Valor Econômico de que a empresa deve formalizar oferta pela Eldorado Brasil, controlada pela J&F, nesta semana.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) caiu 1,28 por cento e PETROBRAS ON (SA:PETR3) perdeu 0,87 por cento, acompanhando o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional.

- VALE PNA (SA:VALE5) recuou 0,93 por cento e VALE ON (SA:VALE3) cedeu 0,77 por cento, apesar de novo avanço nos contratos futuros do minério de ferro na China, mas com as altas recentes abrindo espaço para algum ajuste. Nos dois pregões passados, os papéis preferenciais acumularam alta de 4,9 por cento.

- MRV ON (SA:MRVE3) caiu 3,35 por cento, pior desempenho do Ibovespa, após o Credit Suisse cortar a recomendação para "neutra", ante "outperform", diante de uma visão mais cautelosa para o segmento de construtoras para baixa renda. Essa visão se baseia na possibilidade de que a expansão do programa Minha Casa Minha Vida possa ser limitada, reflexo dos saques extraordinários do FGTS e da menor taxa de juros.

- MAGAZINE LUIZA (SA:MGLU3), que não faz parte do Ibovespa, subiu 0,95 por cento, longe da máxima da sessão, quando avançou 4,95 por cento. Os ganhos vieram na esteira do resultado da empresa, que reportou alta de quase 600 por cento no lucro do segundo trimestre na comparação anual e que levaram ainda o BTG Pactual (SA:BBTG11) a elevar o preço-alvo para as ações da varejista.

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