Por Joshua Franklin e Tatiana Bautzer
ZURIQUE/SÃO PAULO (Reuters) - O BTG Pactual (SA:BPAC11) não está considerando vender sua participação no banco suíço EFG, disse uma fonte com conhecimento do assunto, apesar de seu valor ter aumentado em mais 300 milhões de dólares desde que recebeu as ações há um ano.
Com sede em Zurique, o EFG pagou ao BTG 1,1 bilhão de francos suíços (1,1 bilhão de dólares) pelo BSI no ano passado, dos quais 454 milhões de francos foram em ações da EFG.
O BTG vendeu a BSI para levantar dinheiro e restaurar a confiança dos investidores após a prisão do fundador André Esteves em meio a uma investigação de corrupção. Embora esta e outras vendas de ativos tenham estabilizado sua liquidez, o lucro do BTG diminuiu para um mínimo de seis anos no segundo trimestre deste ano.
No entanto, o acordo tornou o BTG o segundo maior acionista do EFG após a família Latsis da Grécia, assumindo uma participação de 30 por cento apenas alguns meses após a ação do banco suíço atingir o nível mais baixo de todos os tempos. Desde então, as ações subiram mais de 70 por cento, elevando a participação do BTG para 785 milhões de francos.
O acordo ajudou o EFG a quase dobrar em tamanho para competir melhor no mercado de private banking da Suíça, dominado por UBS e pelo Credit Suisse.
O BSI tem enfrentado problemas legais, principalmente ligados a transações com o fundo soberano da Malásia 1MDB, que está envolvido em um escândalo, o que resultou no fechamento de sua filial de Cingapura.
Os escritórios do EFG em Como e Milão também podem ter que fechar e seu total de ativos sob gestão caiu 4 por cento para 138,4 bilhões de francos no primeiro semestre deste ano.