SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) captou mais 1 bilhão de dólares na quinta-feira com um sindicato de bancos comerciais, liderado pelo Standard Chartered (LON:STAN), para realizar pré-pagamentos, seguindo sua estratégia de alongar e reduzir a maior dívida de uma petroleira no mundo.
Simultaneamente, a empresa informou nesta sexta-feira que realizou pré-pagamento de financiamento com o Standard Chartered no valor de 500 milhões de dólares, que venceria em dezembro de 2018, segundo comunicado.
O restante dos recursos captados, segundo a Petrobras, será utilizado para o pré-pagamento de dívidas existentes.
Além do Standard Chartered, o sindicato de bancos para a captação de 1 bilhão de dólares é composto pelo China Construciton Bank, ABN AMRO (AS:ABNd) Bank, Industrial and Commercial Bank of China, Banco Latinoamericano de Exportações e Commerzbank. O financiamento tem como garantia a plataforma P-56.
Após publicar os resultados do terceiro trimestre, a Petrobras informou na terça-feira que prevê captar um total de 22 bilhões de dólares neste ano e realizar pré-pagamentos de 23 bilhões de dólares.
Dentre as principais operações de captações, a empresa destacou em nota à Reuters que realizou diversas ofertas de títulos no mercado internacional (Global Notes) com vencimentos em 2022, 2025, 2027, 2028 e 2044, no valor de 10,3 bilhões de dólares.
Além disso, houve emissão de debêntures no mercado doméstico com vencimentos em 2022 e 2024, de 1,6 bilhão de dólares e captações no mercado bancário nacional e internacional, com vencimentos de aproximadamente 5 anos em média, no valor total de 8,7 bilhões de dólares.
PRÉ-PAGAMENTOS E ALONGAMENTO DA DÍVIDA
Em contrapartida, a empresa liquidou diversos empréstimos e financiamentos, ao longo do ano, como a recompra e/ou resgate de títulos no mercado de capitais internacional, com vencimentos entre 2018 e 2021, com valor total de 7,6 bilhões de dólares
Também houve o pré-pagamento de empréstimos no mercado bancário nacional e internacional, totalizando 12,5 bilhões de dólares e o pré-pagamento de financiamentos junto ao BNDES, de 1,6 bilhão de dólares.
Como resultado do trabalho, a dívida líquida da empresa somou 279,237 milhões de reais ao final do terceiro trimestre, ante 314,120 milhões de reais no fim de 2016. Houve ainda um aumento do prazo médio do vencimento de 7,46 anos, no fim de 2016, para 8,36 anos, no fim do terceiro trimestre.
(Por Roberto Samora e Marta Nogueira)