MADRI (Reuters) - A governadora de Madri, Cristina Cifuentes, renunciou nesta quarta-feira devido a acusações de ter falsificado seu diploma de mestrado e após ter sido flagrada roubando um produto em uma loja em 2011, no mais recente golpe a atingir o governista Partido Popular (PP) antes das eleições regionais do ano que vem.
Madri é um reduto tradicional do partido de centro-direita do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, mas o PP está sendo cada vez mais pressionado pelo pró-mercado Ciudadanos, que aparece à frente nas pesquisas enquanto a legenda do premiê enfrenta escândalos de corrupção e a crise política na Catalunha.
Um vídeo de um circuito fechado de televisão publicado pelo jornal OK Diario nesta quarta-feira mostrou Cristina esvaziando a bolsa para um segurança em um supermercado depois de ser acusada de pegar um creme antirrugas.
Antes de renunciar, Cristina, de 53 anos, disse que roubar o creme de cerca de 40 euros foi um "erro involuntário". Ela foi liberada depois de pagar por ele.
"Cometi muitos erros, continuarei cometendo mais, mas minha vida inteira está sendo questionada com uma certa intenção", afirmou ela durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira.
O escândalo do diploma de mestrado surgiu no mês passado, quando o site de notícias eldiario.es relatou uma série de supostas irregularidades no diploma de graduação em Direito Público de Cristina.
O site a acusou de não ter realizado nenhum trabalho nem ter feito nenhuma prova. Cristina negou qualquer infração ou tratamento preferencial, ameaçou processar a página e divulgou uma cópia de um documento universitário.
(Por Paul Day e Jesús Aguado)