Lisboa, 21 ago (EFE).- Portugal conseguiu captar nesta quarta-feira no mercado o máximo de sua emissão de dívida a curto prazo (um bilhão de euros), com juros mais baixos em relação ao último leilão.
O Tesouro luso informou sobre a venda de 700 milhões de euros em bônus com vencimento a doze meses e rentabilidade de 1,62%, um décimo a menos do que na emissão de julho, e de outros 300 milhões de euros em títulos a três meses com juros de 0,76%, taxa idêntica ao do leilão anterior.
A demanda entre os investidores duplicou a oferta no caso da dívida a doze meses e triplicou no caso dos bônus a três meses, enquanto no mercado secundário a pressão sobre Portugal se mantinha estável, como nas últimas semanas.
O resultado do leilão, o único previsto no calendário para o mês de agosto e o de menor emissão de 2013, reflete uma ligeira melhora da confiança dos investidores no país, que coincide com a resolução da crise política que pôs em xeque no mês passado a continuidade do governo conservador luso.
Os juros estipulados hoje pelo Tesouro luso são inferiores aos que registrava Portugal há um ano, quando por sua dívida a doze meses pagava 3,5% de juros, o dobro de agora.
No entanto, a rentabilidade de hoje está longe dos melhores dados de 2013, quando em fevereiro e março o Tesouro emitiu títulos com o mesmo vencimento com juros de 1,2%.
Os mercados esperam para os próximos meses que Portugal volte a emitir dívida a longo prazo, ou seja, com um prazo superior a 18 meses. EFE