BADGÁ (Reuters) - Forças de segurança iraquianas apoiadas por milícias xiitas quebraram neste domingo o cerco de dois meses imposto a Amerli por militantes do Estado Islâmico e entraram na cidade do norte do país, disseram autoridades.
O prefeito de Amerli e oficiais do Exército disseram que as tropas apoiadas por milícias derrotaram combatentes do Estado Islâmico, a leste da cidade. A luta continuou para o norte de Amerli em várias aldeias.
"As forças de segurança e milicianos estão dentro de Amerli agora, depois de romper o cerco, o que vai certamente aliviar o sofrimento dos moradores", disse Adel al-Bayati, prefeito de Amerli.
A ação foi saudada como uma grande vitória estratégica para as forças de segurança iraquianas e os milicianos que se juntaram a eles depois de um verão que viu o Estado Islâmico liderar outros grupos armados sunitas para capturar quase um terço do território do país.
"A batalha de Amerli é uma vitória de ouro das forças de segurança do Iraque que ainda estão lutando contra os grupos terroristas em áreas ao norte e ao sul de Amerli", disse o porta-voz militar Qassim al-Atta.
Atta descreveu Amerli como plataforma de lançamento para retomar a província de Salahuddin, incluindo sua capital, que foi capturada pelo Estado Islâmico em junho.
O avanço das forças iraquianas em Amerli ocorreu depois de militares dos Estados Unidos realizarem ataques aéreos durante a noite em posições de militantes do Estado Islâmico perto da cidade, além de jogarem pelo ar suprimentos humanitários para os moradores presos. Mais ajuda foi jogada por aviões britânicos, franceses e australianos.
O Pentágono disse que aviões de guerra atingiram três veículos de patrulha, um tanque e um veículo armado dos militantes, além de um posto de controle controlado pelo grupo.
Os ataques aéreos criaram o cenário estranho, com as forças dos EUA ajudando combatentes, alguns dos quais antes combatiam soldados norte-americanos.
(Por Isabel Coles e Ahmed Rasheed)