Por Michael Holden
LONDRES (Reuters) - Grupos muçulmanos na Grã-Bretanha pediram nesta quinta-feira a libertação do refém britânico Alan Henning, um trabalhador humanitário voluntário capturado na Síria, cuja vida foi ameaçada em um recente vídeo divulgado por militantes do grupo Estado Islâmico.
Henning era parte de uma equipe de um comboio com suprimentos médios para um hospital no nordeste da Síria, em dezembro do ano passado, quando foi parado por homens armados e sequestrado.
Em um vídeo divulgado no sábado, que mostrou a decapitação do também britânico David Haines, um militante do Estado Islâmico ameaçou matar Henning se o primeiro-ministro David Cameron continuar o apoio à luta contra o grupo rebelde.
Acredita-se que o homem que fazia as ameaças no vídeo seja um cidadão britânico, que apelidado de "Jihadi John" pela mídia do Reino Unido.
"Nós, os imãs muçulmanos britânicos, organizações e indivíduos desejamos expressar nosso horror e repulsa pelo assassinato sem sentido de David Haines e a ameaça à vida de nosso compatriota britânico Alan Henning", disse uma carta assinada por mais de 100 grupos e líderes muçulmanos.
"Os fanáticos não estão agindo como muçulmanos, mas, como disse o primeiro-ministro, estão agindo como monstros. Eles estão perpetrando os piores crimes contra a humanidade. Isso não é Jihad - é uma guerra contra toda a humanidade", acrescentaram, em uma carta enviada para o jornal Independent.