Frankfurt (Alemanha), 4 abr (EFE).- O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) manteve nesta quarta-feira as taxas de juros oficiais em 1% diante das dificuldades que atravessam alguns países periféricos da zona do euro.
O BCE informou em Frankfurt que também manteve a facilidade marginal de crédito, pela qual empresta dinheiro aos bancos durante um dia, em 1,75%, e a facilidade de depósito, que remunera depósitos overnight em bancos centrais nacionais, em 0,25%.
A entidade monetária europeia não reagiu ainda ao forte encarecimento dos preços do petróleo, ao contrário do que fez em julho de 2008, pouco antes da quebra do Lehman Brothers, e em abril de 2011.
O barril de petróleo Brent custa atualmente US$ e o do Texas, US$ 104.
O nível recorde de desemprego na zona do euro, com a Espanha na frente, e um baixo aproveitamento das capacidades de produção reduzem o perigo de o encarecimento do petróleo desencadear preços e salários mais elevados, segundo o Danske-Bank.
Na entrevista coletiva na sede central em Frankfurt, o presidente do BCE, Mario Draghi, confirmará que o conselho de Governo iniciou a discussão sobre a estratégia de saída destas medidas para enfrentar a crise financeira e de endividamento soberano, apesar de ainda ser muito cedo para implementá-la.
Os analistas do banco UniCredit preveem que o BCE manterá um compasso de espera para ver os efeitos das medidas que aplicou, entre elas a injeção de pouco mais de 1 trilhão de euros a três anos.
Apesar da estabilização da economia da zona do euro, alguns países ainda precisam de taxas de juros muito baixas que apóiem o crescimento econômico, enquanto outros como a Alemanha crescem e necessitariam uma taxa de juros mais elevada. EFE