Washington, 7 jul (EFE).- A Câmara de Representantes dos Estados Unidos rejeitou nesta quinta-feira por pouca margem uma proposta que visa negar financiamento à operação militar na Líbia, embora tenha vetado liberar dinheiro e equipes para treinamento de rebeldes líbios.
A proibição de facilitar ajuda aos opositores do regime do líder líbio Muammar Kadafi necessitará, no entanto, da aprovação do Senado e da ratificação do presidente americano, Barack Obama, antes de se transformar em lei.
A votação acontece em meio a uma forte polêmica no Congresso sobre a constitucionalidade da intervenção militar.
Legisladores democratas e republicanos alegam que Obama violou a Constituição e a resolução de 1973 sobre poderes bélicos ao não buscar autorização do poder legislativo para a operação no norte da África.
Washington defende que se trata de uma participação militar limitada e que, portanto, a citada resolução não seria aplicável nesta situação.
Contudo, deputados como Justin Amash, o republicano que bancou com o democrata Dennis Kucinich a medida rejeitada hoje, alegam que o país "está em guerra" com a Líbia.
"A Constituição outorga ao Congresso o poder exclusivo de declarar a guerra", afirmou nesta quinta Amash.
Os EUA e seus aliados da Otan lançaram a operação na Líbia respaldada pela Organização das Nações Unidas há mais de três meses, com o objetivo de impedir que as forças de Kadafi ataquem à população civil nas regiões do país que se opõem ao regime do líder líbio.
A votação desta quinta-feira contou com o apoio de 225 legisladores e a oposição de 201. EFE