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Desalinhamento cambial negativo piora e é um dos maiores já vistos, mostra estudo da FGV

Publicado 13.11.2020, 08:53
Atualizado 13.11.2020, 08:55
© Reuters. .

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O desalinhamento negativo da taxa de câmbio no Brasil voltou a aumentar no fim do terceiro trimestre e a ficar entre os maiores já vistos nos últimos anos, à medida que a moeda não reagiu à melhora de métricas de fundamentos de longo prazo, mostrou estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) obtido com exclusividade pela Reuters.

O desalinhamento médio da taxa real de câmbio no Brasil em setembro de 2020 ficou em -34,2% --ou seja, o câmbio real estava naquele mês 34,2% mais fraco do que o sugerido por fundamentos. As estimativas dos modelos utilizados se situam num intervalo que vai de um desalinhamento de cerca de -25% a -43,6%, conforme o estudo.

Em agosto, o desalinhamento médio fora de -29,2%, pior que o de -19,8% de julho.

Esse número tem sido negativo ao longo deste ano, com exceção de janeiro, quando ficou positivo em 5,1%. Em fevereiro, o descasamento da taxa de câmbio em relação aos fundamentos piorou para -13,3% e afundou para -32,7% em março, mês do início da pandemia.

"A persistência do desalinhamento frente a uma melhora consistente dos fundamentos ao longo de 2020 nos leva a reiterar que a desvalorização do real tem sido ocasionada principalmente por fatores de risco relacionados tanto à pandemia quanto à situação fiscal", disse Emerson Marçal, coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo da FGV (FGV EESP) e um dos autores do estudo, de divulgação trimestral.

Entre os fatores por trás da melhora dos fundamentos de longo prazo estão posição internacional de investimentos mais forte e superávits consecutivos nas transações correntes.

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Segundo Marçal, a tendência histórica é que o câmbio real convirja para a taxa sinalizada pelos fundamentos, o que poderia ocorrer por dois canais: apreciação da taxa nominal, na esteira de melhora da percepção fiscal e de alívio da pandemia, ou via inflação, cujo aumento recente ele destacou na entrevista.

"Se a gente não tiver algo do lado fiscal, o câmbio vai continuar depreciando, vai puxar os preços (da economia para cima) e o BC vai ter de subir juros para segurar a inflação", disse. "Está ficando cada vez mais difícil o BC evitar esse encontro com o juro mais à frente", completou.

O estudo da FGV abarca os três primeiros trimestres de 2020 e, faltando três meses a serem avaliados, o desalinhamento médio cambial negativo em 2020 está em 24,3%, contra "gap" positivo de 4,6% em 2019.

Últimos comentários

nossa como ele chegou a essa conclusao!!! é um genio...
Marco Sabino: leu mas não entende de economia. Os 30% são desalinhamento, não é a variação do dólar. É desalinhamento, ou seja, quanto deveria estar e quanto está de fato. Ou seja, em 1999, o dólar devia estar em R$ 2,00 e de fato estava em R$ 2,00 (portanto totalmente alinhado, 0% de diferença). Não é quanto subiu de R$ 1,20 para R$ 2,00. Entendeu? É isso que está escrito na reportagem. Ou seja, a FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS que possui Doutores e Mestres em Economia estão corretíssimos. O desalinhamento de 34% é UM DOS MAIORES DA HISTÓRIA DO BRASIL. Tudo CULPA do PAULO GUEDES e do BOLSONARO.
mas não vai corrigir esse desalinhamento com a subida da SELIC, porque o problema é fiscal e instabilidade politica. Somente vom intervenção e mudança para sistema de bandas isso se corrige, o resto e enxugar gelo e aumento da inflação, via desvalorização do real, numa economia dolarizada
 Olá Luiz. Concordo parcialmente com você. Pra mim a solução é alijar esse LIXO DA FAMÍLIA BOLSONARO da política do Brasil. Ele e a família dele que são a FONTE DA INSTABILIDADE e DA FALTA DE CREDIBILIDADE POLÍTICA DO BRASIL. Pode ver que antes dele, a economia, o pleno emprego, o dinheiro gringo iam muito bem no Brasil.
Bem feito para todos esses idiotas da Faria Lima, da Empiricus e do mercado financeiro em geral. Apoiaram a queda da Dilma e o golpe da direita elegendo Bolsonaro e este lixo de Paulo Guedes. Agora estão tomando com dólar alto e medo da inflação. Otários. O Bolsonaro vai continuar com o BOLSA FAMÍLIA DO LULA e vocês empresários de esquina e de franquia vão ficar sem aumentar vendas e  lucros mesmo. Quem ganha são as megas empresas listadas que podem repassar ou absorver o dólar alto. Vocês empresários de esquina vão fechar. APRENDAM A VOTAR. O Brasil não tem tamanho nem economia nem gente com ensino suficiente para ser um capitalismo de direita puro.
Será que não existia Fundação na Década de 80 e 90 para Falar que 30% é os Piores já vistos, com a Dilma mesmo saiu de R$ 1.80 para R$ 3,00 e vem falar que é o pior já visto.
Aonde estava a Fundação Getúlio Vargas em 2002 onde o Dólar dobrou foi de R$ 2,00, para R$ 3,95, e aonde estava a Fundação em 99 que foi de R$ 1.20 para R$ 2,00 - Porcentagem muito maiores, salário 10x mais Baixo. E toda vez que o Dólar disparou só ajudou o Brasil exportando mais e importando menos protegendo a industria Brasileira.
Se não fosse tão óbvio não seria vdd, a dinâmica econômica tem sempre sua dicotomia o mar de incertezas endossa o contexto sem previsibilidade ou seja o Copom logo fará suas contas.
O Guedes vai conseguir afundar a economia?
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