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Dólar caminha para 6° recuo semanal seguido com ambiente doméstico atrativo

Publicado 18.02.2022, 09:16
Atualizado 18.02.2022, 10:45
© Reuters. Cédulas de 50 reais e de 10, 20 e 50 dólares
10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes

© Reuters. Cédulas de 50 reais e de 10, 20 e 50 dólares 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar tinha queda nesta sexta-feira, a caminho de registrar sua sexta desvalorização semanal consecutiva frente ao real, em meio à percepção de juros domésticos atrativos, enquanto investidores do mundo todo monitoravam o noticiário em torno dos atritos entre Rússia e Ucrânia.

Às 10:28 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,46%, a 5,1429 reais na venda. Na mínima do dia, a moeda caiu 0,64%, a 5,1339 reais.

Na B3, às 10:28 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,60%, a 5,1505 reais.

Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital, disse à Reuters enxergar esse movimento como um ajuste em relação à alta acentuada registrada pelo dólar na quinta-feira, de 0,74%, o maior ganho diário desde 24 de janeiro (0,90%).

De acordo com ela, a valorização do dólar na véspera foi um movimento pontual de cautela em meio à escalada nas tensões entre Rússia e Ocidente sobre a Ucrânia e não condiz com o cenário favorável ao real, que ostenta neste ano o posto de melhor desempenho entre as principais divisas globais.

Com a queda desta sessão, o dólar ficava a caminho de cair 1,91% em relação ao fechamento da última sexta-feira, o que marcaria sua sexta semana seguida no vermelho em relação ao real --igualando-se, assim, à série finda no começo de maio de 2021.

Até agora em 2022, a divisa dos Estados Unidos já cai 7,73% no mercado de câmbio doméstico.

Parte disso se deve ao patamar elevado da taxa Selic, atualmente em 10,75%, que deve subir ainda mais ao longo das próximas reuniões de política monetária do Banco Central, embora a autarquia tenha sinalizado uma desaceleração na magnitude de seus ajustes.

"Alguns participantes do mercado já esperam juro de 13% (ao fim do ciclo de aperto monetário), uma das taxas mais elevadas do mundo", disse Argenta. "Mesmo que a inflação encerre o ano em 6%, ainda teremos um dos juros reais mais altos do planeta; nos Estados Unidos, enquanto isso, a taxa de juros real ainda é negativa", lembrou a economista.

Rendimentos reais mais altos em determinado país tendem a atrair recursos de investidores para a renda fixa, o que, consequentemente, pode ajudar na valorização da moeda local.

Além da Selic atrativa para estrangeiros, Argenta apontou a recente flexibilização da política monetária da China --segunda maior economia do mundo e principal parceira comercial do Brasil-- como fator que pode explicar o interesse de investidores pelo real neste início de ano, já que a atividade doméstica pode se beneficiar de estímulos no país asiático.

Os atritos na fronteira da Ucrânia, embora tenham desencadeado ondas pontuais de aversão a risco nos mercados globais, também podem acabar trabalhando a favor dos ativos brasileiros, disse a economista.

A Ucrânia é importante produtora de milho, e eventual escalada nas tensões geopolíticas que interrompa a produção do país europeu pode elevar o interesse de investidores internacionais pela produção brasileira da commodity, defendeu Argenta. O Brasil é um dos principais produtores mundiais do grão.

Nesta sexta-feira, o noticiário em torno da tensão no leste europeu continuava impondo cautela, devido a relatos de fortes bombardeios.

© Reuters. Cédulas de 50 reais e de 10, 20 e 50 dólares
10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes

Mas a disposição do Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, de se reunir com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, levantou esperanças de uma saída diplomática para a crise, representando alívio para ativos arriscados, disse em nota Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.

No exterior, o dólar tinha pouca alteração contra uma cesta de moedas fortes, acompanhado estabilização nos rendimentos dos títulos soberanos dos EUA.

(Edição de José de Castro)

Últimos comentários

Um ótimo da equipe econômica, isso vem trazendo investidores. Não faz sentido dizer que o Lula já que o mesmo está querendo desfazer o que o atual está concertando.
Se não fosse a situação Russia e Ucrania o dolar já estaria abaixo de RS5,00. Como os fundos vão manter o dolar como hedge com selic a 10,75%.? Nosso mercado financeiro é o maior indutor do preço do cambio e da inflação,  com seu comportamento colonizado e a facilidade de usar a moeda americana como proteção. Vão ter que trabalhar mais.  Nem os juros americanos subindo 0,25 ou 0,50 alteram isso.
Vamos agradecer mais uma vez ao Lula 2022 pelas reservas gigantescas de divisas deixas pelo seu governo, por isso o dólar não dispara e o Brasil livre de ataques especulativos. Lula é o Cara!
Quanta bobagem em poucas linhas. Periodo de explosão no preço da comodites, um dos grandes motivos do superávit. Bilhoes roubados dos cofres públicos direto para os partidos para os bolsos. De 2 uma: Ou vc é um ignorante e não sabe NADA, ou é safado.
retardado...kkkkk
Você só pode ser um ladrão.
Boas reflexoes, parabens!
O dólar vai cair para 4,73 em dois meses. O Brasil está no caminho certo Paulo Guedes sempre teve razão o Brasil vai volta em V com força total continua nesse ritmo o dólar vai buscar 3,10 em três anos
O cenário para o Real e positivo segurança 1 dados maiores reservas cambiais do mundo taxa de juros que possibilita excelente ganho na arbitragem bolsa muitas ações com preços convidativos PLS baixos superavit na balanca privatizações.
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