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Dólar salta 9,6% em 3 semanas seguidas de alta por incerteza sobre exterior e BC

Publicado 26.06.2020, 17:21
Atualizado 26.06.2020, 17:25
© Reuters. (Blank Headline Received)

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O mercado de câmbio no Brasil voltou a registrar pregão de forte volatilidade nesta sexta-feira, com o dólar chegando a disparar novamente mais de 3% e fechando na máxima em um mês, em meio a um exterior avesso a risco e à percepção de que o Banco Central está minimizando o constante vaivém nos preços da moeda.

O dólar à vista encerrou em alta de 2,58%, a 5,4652 reais na venda, maior valor desde 22 de maio (5,5739 reais na venda).

A cotação operou com ganhos durante todo o pregão. Na máxima, saltou 3,12%, a 5,494 reais, e na mínima subiu 0,76%, para 5,3685 reais.

O real, de longe, foi a moeda de pior desempenho nesta sessão.

Na semana, o dólar acumulou apreciação de 2,76%. É a terceira semana consecutiva de alta, período em que subiu 9,57%.

Na quarta-feira, o dólar fechou em forte alta de 3,33%, um dia depois de cair 2,26%. Na quinta, a cotação oscilou entre ganho de 1,06% e queda de 1,07%. Na semana passada, a moeda acumulou salto de 5,41%, o mais forte desde a semana finda em 8 de maio.

Os números evidenciam a volatilidade realizada (passada), mas pelos dados da volatilidade implícita (futura) a intensa oscilação dos preços deve persistir.

A volatilidade implícita nas opções de dólar/real para três meses subiu nesta sexta para 21,7%, máxima desde meados de março, quando os mercados estavam sob forte pressão decorrente da pandemia de coronavírus. A volatilidade implícita --uma medida da incerteza sobre a taxa de câmbio-- para o real é a maior entre as principais moedas emergentes.

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"Num curto período de tempo, a taxa de câmbio dá um salto quântico de R$4,00 para R$6,00, volta para R$4,80 e pula para R$5,50. Variações cambiais diárias da ordem de 2, 3, 4%!", escreveu no Twitter Sergio Goldenstein, que já chefiou o Departamento de Operações de Mercado Aberto do Banco Central.

"O que fazer? Antes de tudo, o BC não minimizar a elevada volatilidade e atuar de forma mais incisiva, o que tornaria menos interessante a utilização da moeda como hedge. Em segundo lugar, interromper o processo de queda de juros", acrescentou, questionando o benefício à atividade a partir de um juro real ainda mais negativo e apontando risco de a economia ser afetada pela instabilidade da moeda e seus efeitos sobre horizonte para investimentos e indicadores de confiança.

Na véspera, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, reconheceu que a volatilidade no Brasil está um pouco maior, mas afirmou que isso não significa que está piorando consistentemente. Campos Neto avaliou que a atuação da autoridade monetária tem sido bem sucedida no mercado cambial, sublinhando que a forma de intervir do BC não é para estabelecer nenhuma banda ou limite para o câmbio.

Nesta sexta, o BC voltou a recorrer à venda de dólares à vista, o que não acontecia desde o último dia 1º. A autoridade monetária colocou 502,5 milhões em moeda spot. O dólar saiu das máximas, mas permaneceu em firme alta até o fim da sessão, e o real seguiu como a divisa de pior desempenho no dia.

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O BC também fez nesta sexta colocação de 1,5 bilhão de dólares para rolagem de linhas de dólares com compromisso de recompra e de 12 mil contratos de swap cambial tradicional --também para rolagem.

Analistas dizem que a volatilidade no câmbio, além de associada ao ambiente externo ainda incerto, é intensificada por dúvidas no plano fiscal --que, contudo, não impediram o BC de cortar a Selic recentemente, reduzindo ainda mais a atratividade do real.

"Preservar a estabilidade fiscal em meio a preocupações com as contas públicas garante uma abordagem 'cautelosa' em relação a afrouxamento monetário, conforme repentinas saídas de recursos e depreciação cambial podem desancorar expectativas de inflação e forçar o Banco Central a elevar os juros no momento em que a recuperação precisa de taxas baixas", disseram analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) em nota.

O movimento do câmbio nesta sessão também foi influenciado pelo exterior, onde mais uma vez predominaram temores sobre uma segunda onda de infecções por Covid-19, especialmente nos EUA. No fim da tarde, o dólar subia 1,6% ante peso mexicano e 1,4% contra rand sul-africano --assim como o real, moedas de risco. O índice S&P 500 da Bolsa de Nova York caiu 2,35%, enquanto o Ibovespa cedeu 2,42% --ambos segundo dados preliminares.

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