💥 Fed dovish liga boom das mid caps! 4 ações selecionadas pela ProPicks IA subiram +23% cadaAções selecionadas por IA

Dólar salta a pico em 1 mês com indicação dura do BC, véspera de feriado e exterior ruim

Publicado 06.09.2022, 17:23
Atualizado 06.09.2022, 17:30
© Reuters. Nota de dólar
17/07/2022
REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração
AUD/USD
-
USD/ZAR
-
USD/MXN
-
USD/BRL
-
IBOV
-
B3SA3
-
WDOc1
-

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar disparou a uma máxima em mais de um mês nesta terça-feira e foi acima dos 5,25 reais nos maiores patamares do dia, deixando a moeda brasileira na lanterna global em meio a cenário externo adverso, sinalizações mais duras de autoridades do Banco Central e cautela antes do feriado de 7 de Setembro.

A divisa norte-americana à vista saltou 1,67%, a 5,2395 reais, maior patamar para encerramento desde 3 de agosto (5,2781 reais) e valorização diária mais acentuada desde o último dia 31 (+1,735%). Durante a sessão, a moeda chegou a saltar 1,92%, a 5,252 reais na venda.

Na B3 (BVMF:B3SA3), às 17:10 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,60%, a 5,2735 reais.

Colaborando para esse movimento, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, afirmou nesta manhã que haverá discussão sobre ajuste residual na taxa básica de juros, fala que veio um dia após o presidente do BC, Roberto Campos Neto ter dito que a autarquia pensa em "finalizar o trabalho" de fazer a inflação convergir para as metas.

Seus comentários, interpretados pelo mercado como mais "hawkish" (inclinados à restrição da política monetária) do que as comunicações recentes do BC, fizeram as taxas dos principais contratos de DI dispararem e ajudaram a derrubar o Ibovespa em mais de 2%.

As falas provocaram aumento de apostas em elevação de 0,25 ponto percentual da taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos dias 20 e 21 deste mês, e adiaram previsões para o início de um ciclo de afrouxamento monetário no Brasil.

Até a véspera, a maioria nos mercados financeiros acreditava que o ciclo de aperto do Bacen já havia sido encerrado, com a Selic em 13,75%, e alguns esperavam redução dos juros já na primeira metade de 2023, visão que foi motivo de algum respiro para os ativos locais nas últimas semanas.

"É toda essa falta de clareza; o mercado já tinha assimilado que a Selic ficaria no nível atual e aí nessa semana (o BC) voltou a discutir movimentação residual (no juro)", disse à Reuters Bruno Mori, economista e planejador financeiro da Planejar, sobre o baque nos mercados financeiros domésticos nesta terça-feira.

Mas o dólar também encontrou apoio no exterior, onde seu índice frente a uma cesta de rivais fortes subia acentuadamente, rondando seus maiores níveis em duas décadas. A força da moeda norte-americana penalizou várias divisas emergentes ou ligadas às commodities ao longo do dia, como peso mexicano, rand sul-africano e dólar australiano.

Por trás desse movimento, Mori destacou as expectativas de que o banco central norte-americano, o Federal Reserve, siga firme em seu atual ciclo de alta dos juros, cenário reforçado nesta terça-feira por dados positivos sobre o setor de serviços dos Estados Unidos.

A próxima reunião de política monetária do Fed acontece também nos dias 20 e 21 deste mês, e sua taxa básica provavelmente será elevada em 0,75 ponto percentual pela terceira vez consecutiva.

De volta ao Brasil, investidores se preparavam para o 7 de Setembro.

© Reuters. Nota de dólar
17/07/2022
REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração

Vésperas de feriado já são, tradicionalmente, incentivo à adoção de cautela por parte de investidores, que buscam proteger suas carteiras de imprevistos que possam acontecer enquanto os mercados nacionais permanecem fechados.

Mas a comemoração do Bicentenário da Independência do Brasil exige cuidado adicional devido a manifestações convocadas pelo presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), disseram alguns operadores.

(Edição de José de Castro)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.