O dólar inicia a sexta-feira, 22, registrando forte alta, em um ajuste do mercado doméstico aos movimentos de ontem do mercado internacional, quando os negócios por aqui foram paralisados pelo feriado de Tiradentes.
No exterior, desde ontem os investidores ainda repercutem a fala do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, que disse ver como apropriado que o Fed aja em ritmo "um pouco mais rápido" e reiterou que um aumento de juros de 50 pontos-base será uma opção na reunião de política monetária do BC dos Estados Unidos em maio.
Powell disse que tinha a expectativa de que a inflação atingiria o pico mais ou menos no momento atual, o que acabou não se concretizando, em meio aos efeitos da guerra na Ucrânia
A sexta-feira também é marcada pela divulgação de dados econômicos relevantes, como os índices dos gerentes de compras (PMIs) na Europa. O PMI Composto da zona do euro subiu para 55,8% em abril, o maior nível em sete meses. No entanto, os PMIs compostos da Alemanha e do Reino Unido recuaram para os seus menores níveis nos últimos três meses. O PMI dos Estados Unidos será divulgado às 10h45 (de Brasília).
Também estão na agenda de hoje os discursos da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e do presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey. Por aqui, a suspensão da análise para a privatização da Eletrobras (SA:ELET3) e o acirramento da crise entre Executivo e Judiciário também estão no radar do investidor.
Às 9h48, o dólar à vista era negociado a R$ 4,6825, em alta de 1,34%, depois de ter registrado máxima em R$ 4,7124. No mercado futuro, a divisa para liquidação em maio subia 1,29%, aos R$ 4,6945. No exterior, o dólar tinha alta quase generalizada ante moedas de países emergentes, como o peso mexicano (+0,88%), por exemplo.