Dólar volta a superar R$4 com tensão comercial China-EUA; Previdência segue no radar

Publicado 07.05.2019, 12:19
© Reuters. (Blank Headline Received)

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar avançava sobre o real nesta terça-feira, voltando a superar a barreira dos 4 reais, com o mercado monitorando desdobramentos das tensões comerciais entre Estados Unidos e China enquanto aguardava o início dos trabalhos na comissão especial da Câmara dos Deputados sobre a reforma da Previdência.

Às 12:15, o dólar avançava 0,69 por cento, a 3,9853 reais na venda.

A moeda chegou a 4,0010 reais na máxima mais cedo.

Na véspera, a divisa norte-americana já havia subido 0,48 por cento, a 3,9580 reais.

O dólar futuro ganhava cerca de 0,6 por cento nesta terça-feira.

O real acompanhava o movimento negativo de vários de seus pares, conforme investidores seguiam tensos a despeito de a China confirmar que o vice-primeiro-ministro, Liu He, visitará os Estados Unidos nesta semana para negociações comerciais depois de ameaças do presidente norte-americano, Donald Trump.

O representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, no entanto, disse que o aumento de tarifas, anunciado para sexta-feira, está mantido.

Segundo Jefferson Laatus, sócio fundador do Grupo Laatus, há grande expectativa por essas negociações, uma vez que ainda não está claro qual tom a delegação chinesa adotará nas negociações após as declarações de Trump.

No campo doméstico, o mercado mantinha as atenções voltadas para a apresentação, prevista para esta tarde, do plano de trabalho da comissão especial da Câmara, onde a proposta de reforma da Previdência se encontra atualmente.

"Estamos puramente aguardando a comissão especial para poder ver como vai ser, como o centrão vai se comportar... A comissão de hoje vai ajudar a traçar um pouco o cenário de como vai ser daqui para frente", afirmou Laatus.

Ainda nesta terça-feira, o Comitê de Política Monetária do BC começa a se reunir, sob ampla expectativa de que anunciará na quarta-feira a manutenção da Selic no atual patamar de 6,50 por cento.

"Investidores seguem ansiosos com a sinalização por vir na quarta-feira após o fechamento, existindo motivos concretos para uma postura 'dovish', assim como para uma posição 'em cima do muro'", avaliou a corretora H.Commcor, em nota.

O Banco Central vendeu nesta terça-feira todos os 5,05 mil swaps cambiais tradicionais ofertados em leilão para rolagem do vencimento julho. Em quatro leilões, o BC já rolou 1,010 bilhão de dólares, de um total de 10,089 bilhões de dólares a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de 68,863 bilhões de dólares.

(Por Laís Martins)

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