OSLO (Reuters) - A ex-ministra mexicana das Relações Exteriores Patricia Espinosa foi escolhida como a nova chefe da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para o clima e terá a missão de ajudar a implantar o Acordo de Paris, que buscará levar a economia mundial a romper com os combustíveis fósseis, anunciaram autoridades nesta terça-feira.
Christiana Figueres, costarriquenha que em julho deixa o cargo que ocupou durante seis anos à frente do Secretariado de Mudança Climática da ONU, escreveu no Twitter que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, indicou Patricia como sua sucessora.
Sediado na cidade alemã de Bonn, o secretariado afirmou que a indicação precisa ser aprovada por um escritório de 11 membros da ONU que representam grupos de governos de todo o mundo e que atualmente é encabeçado pela ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal.
O escritório não tem histórico de contrariar indicações do secretário-geral, dizem diplomatas, embora algumas pessoas tivessem a expectativa de que a função seria delegada a alguém de fora da América Latina, uma vez que Christiana também é da região
Patricia Espinosa, que tem 57 anos e que trabalha como embaixadora mexicana na Alemanha, foi muito elogiada quando presidiu as negociações climáticas anuais da ONU em Cancún, no México, em 2010, quando ainda era chanceler do México.