BUENOS AIRES (Reuters) - O setor de transporte rodoviário da Argentina fechou um acordo com o governo sobre as taxas de fretes, informou o sindicato de transportes Fetra nesta sexta-feira, colocando fim a uma greve que já durava quatro dias, que começou a desacelerar as exportações de milho.
Os detalhes do acordo ainda estavam sendo definidos, mas o porta-voz do Fetra, Edgardo Aniceto, disse em mensagem por email que um esboço de acordo havia sido alcançado, permitindo que caminhoneiros retomassem o trabalho.
"Um acordo com autoridades nacionais foi alcançado, justificando o fim da greve," disse o comunicado.
A Argentina, potência de grãos da América do Sul, é a terceira maior exportadora mundial de milho.
A greve das transportadoras, que começou na segunda-feira, impactou duramente a oferta de milho, uma vez que os estoques já estavam escassos devido às fracas condições para a colheita.
O setor havia pedido um aumento de 31 por cento nas tarifas de transporte. Aniceto disse em uma entrevista por telefone que o rascunho do acordo prevê um aumento de 23,3 por cento.
"Há muito trabalho para ser feito hoje", disse ele, acrescentando que os carregamentos de milho que estavam retidos estavam rapidamente sendo levados aos portos para serem embarcados.
(Por Hugh Bronstein)