NOVA YORK (Reuters) - Norte-americanos estão mais preocupados do que estavam antes da campanha presidencial de 2016 começar sobre a possível ameaça que a Rússia representa ao país, segundo uma pesquisa de opinião da Reuters/Ipsos divulgada nesta sexta-feira.
A pesquisa, realizada entre 9 e 12 de janeiro, apontou que 82 por cento dos adultos norte-americanos, incluindo 84 por cento de democratas e 82 por cento de republicanos, descreveram a Rússia como uma ameaça "geral" aos Estados Unidos. Os novos números se comparam com 76 por cento em março de 2015, quando as mesmas perguntas foram feitas.
O aumento nas preocupações acontece após um duro período de eleições, durante o qual democratas e outros levantaram dúvidas sobre os laços financeiros do presidente eleito Donald Trump com a Rússia e a comunidade de inteligência dos EUA acusou Moscou de realizar ciberataques durante as eleições.
Trump, que tem elogiado repetidamente o presidente russo Vladimir Putin como um forte líder e sinalizou durante sua campanha que poderá assumir uma postura menos dura ao lidar com Moscou, só recentemente aceitou que a Rússia de fato hackeou após receber informações de autoridades da inteligência.
Trump inicialmente criticou as descobertas, dizendo que o culpado poderia ser a China ou "alguém que pesa 180 kg sentado em sua cama".
A pesquisa pedia às pessoas para avaliar a Rússia e uma série de outros países em uma escala de 0 a 5, sendo 0 "nenhuma ameaça" e 5 "ameaça iminente". O levantamento mostrou que norte-americanos classificaram mais a Rússia como ameaça do que o Irã, Síria, China, Arábia Saudita, Cuba ou Iêmen. Só a Coreia do Norte superou a Rússia, com 86 por cento dos entrevistados classificando-a como ameaça.
(Por Chris Kahn)