Lima, 8 fev (EFE).- O Instituto Nacional de Cultura (INC) do Peru
suspendeu a partir de hoje, e até que as condições de segurança e
infraestrutura permitam, a entrada de turistas à cidadela inca de
Machu Picchu por helicópteros, única via de acesso habilitada
atualmente.
Por meio uma nota de imprensa, o organismo peruano declinou desta
maneira o pedido da Direção Regional de Comércio Exterior e Turismo
de Cuzco (DRCETC), região onde fica a principal atração turística do
país, de criar uma ponte aérea com helicópteros que permitisse o
transporte de visitantes.
"As operações de helicópteros que foram autorizadas e seguem
vigentes são exclusivamente para o abastecimento atendimento do
centro povoado de Aguas Calientes, como consequência da emergência
ocasionada por fenômenos naturais", diz o comunicado.
O acesso a Machu Picchu ficou interrompido devido às intensas
chuvas que caíram no sul do Peru nas últimas semanas e que
inutilizaram a ferrovia que chega até a cidadela, principal via de
acesso dos turistas.
Como consequência, milhares de turistas ficaram ilhados nas
imediações de Machu Picchu e foram resgatados de helicóptero.
A DRCETC propôs manter um pequeno fluxo de turistas ao monumento
inca por meio dos voos de helicópteros (uns 210 visitantes por dia),
mas o INC se opôs a esta opção ao considerar que a mesma não garante
a retirada dos turistas por vias alternativas no caso de mau tempo.
A decisão do INC também proíbe que os turistas façam o conhecido
"caminho inca", uma rota de vários dias a pé que também serve de
acesso a Machu Picchu.
"Somos conscientes da queda no nível de receitas que estes
eventos naturais originaram, mas isso não pode nos levar a esquecer
que nossa principal responsabilidade é cuidar da vida e da
integridade física das pessoas", acrescentou o comunicado.
Segundo o Ministério de Comércio Exterior e Turismo peruano,
serão necessárias pelo menos seis semanas para terminar os trabalhos
de reparação da ferrovia e assim restabelecer o fluxo de visitantes
a Machu Picchu. EFE