FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu (BCE) pode ser forçado por restrições de prazo a atrasar o aumento do financiamento para bancos gregos, um passo importante na direção da reabertura das instituições, enquanto espera que a Europa chegue a uma decisão sobre o apoio financiero que garante que Atenas possa pagar suas dívidas.
O BCE tem se mantido pronto para aumentar a assistência de liquidez de emergência (ELA, na sigla em inglês) após a Grécia aprovar o acordo de resgate. Porém, o banco central quer primeiro assegurar que o financiamento temporário para o orçamento grego existe e que a Grécia é capaz de quitar a dívida significativa com o BCE no dia 20 de julho.
Uma elevação do financiamento emergencial ajudaria a restaurar a confiança após a Grécia quase ter sido forçada para fora do euro -- um debate que desafiou a promessa do presidente do BCE, Mario Draghi, de que a moeda é irreversível.
O empréstimo temporário de 7 bilhões de euros, a ser usado para quitar um empréstimo de 3,5 bilhões de euros mais juros junto ao BCE, precisa da aprovação de ministros das Finanças da União Europeia, algo que pode não acontecer antes dos presidentes dos bancos centrais da zona do euro encerrarem sua reunião em Frankfurt.
O BCE anunciará sua decisão sobre taxa de juros às 8h45 (horário de Brasília), e Draghi participará de coletiva de imprensa às 9h30.
A incerteza sobre a Grécia e as sugestões persistentes da Alemanha de que o país poderia deixar o euro devem dominar a coletiva de imprensa regular de Draghi nesta quinta-feira enquanto ele pondera se e quando dará aos bancos gregos algum alívio.
(Por Balazs Koranyi e John O'Donnell)