Brasília, 11 out (EFE).- A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziu nesta terça-feira sua previsão de crescimento da economia brasileira para 3,4% em 2011, contra os 3,8% previstos anteriormente.
A justificativa da CNI foi o impacto e agravamento da crise global. A previsão quase coincide com o cenário projetado pelo Banco Central, que em relatório divulgado dia 29 de setembro admitia uma expansão de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano.
Segundo o estudo da CNI, o desempenho da indústria também sofrerá com o impacto da crise e seu crescimento será menor ao do PIB, com uma expansão próxima a 2,2%.
Além disso, o relatório projeta uma inflação de 6,5% para este ano, taxa superior à meta estabelecida pelo Governo.
De acordo com o estudo, há uma desaceleração nos preços dos alimentos, mas isso não será suficiente para evitar o risco de que a inflação supere a meta do Governo, que é de 4,5% com uma tolerância de dois pontos percentuais.
Além disso, a CNI adverte que as pressões inflacionárias podem ser mantidas e inclusive incrementadas em 2012, sobretudo pelo aumento do salário mínimo proposto pelo Governo.
O projeto de orçamento nacional para 2012, já apresentado pelo Executivo para sua discussão no Congresso, admite aumentar o salário mínimo dos atuais R$ 545 para R$ 620, o que a CNI considera uma pressão adicional sobre o índice de inflação. EFE