Por Steve Holland e Joel Schectman
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ao presidente da Ucrânia nesta terça-feira que espera ver uma resolução para a crise do país, mas não chegou a endossar publicamente um acordo de 2015 pedindo um fim ao apoio do Kremlin a rebeldes separatistas pró-Rússia.
Trump se sentou no Salão Oval com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, para conversas que foram oficialmente chamadas de uma visita de passagem após encontro separado do líder ucraniano com o vice-presidente Mike Pence.
Com as câmeras de TV gravando, Trump disse que “um grande progresso foi feito” entre os dois países e que os dois tiveram “discussões muito, muito boas”.
Em um comunicado emitido após a reunião, a Casa Branca informou que a discussão foi centrada no “apoio para resolução pacífica ao conflito no leste da Ucrânia e agenda de reformas e esforços anticorrupção do presidente Poroshenko”.
Não houve menção no comunicado ao acordo de Minsk, o acordo de 2015 que tem objetivo de acabar com o apoio russo a rebeldes separatistas no leste da Ucrânia. Na semana passada, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, disse que os Estados Unidos podem se afastar do acordo para evitar serem “algemados” pela política.
No entanto, antes do encontro de Trump com Poroshenko, o Tesouro dos EUA anunciou sanções contra 38 indivíduos e organizações por ações da Rússia na Ucrânia, e disse que ações estavam sendo tomadas para manter pressão sobre a Rússia para chegar a uma solução diplomática na Ucrânia.
O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disse em comunicado que “não deve haver alívio de sanções até que a Rússia cumpra suas obrigações sob o acordo de Minsk”.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que a nova rodada de sanções era “lamentável” e que a “russofobia” nos EUA estava indo “além de todos os limites”.