Paris, 10 ago (EFE).- O governo francês estudará ao longo deste mês novas medidas para garantir o respeito a suas metas para reduzir o déficit, informou nesta quarta-feira a Presidência francesa.
Isto foi decidido após o encontro sobre a situação econômica e financeira mantido entre os principais membros do Executivo e o presidente, Nicolas Sarkozy, que interrompeu nesta quarta-feira suas férias para este fim.
Na reunião, participaram o primeiro-ministro, François Fillon; o ministro das Relações Exteriores, Alain Juppé; o de Economia e Finanças, François Baroin; a titular do departamento de Orçamento e porta-voz do governo, Valérie Pécresse; o de Assuntos Europeus, Jean Leonetti, e o presidente do banco central da França, Christian Noyer.
Sarkozy pediu aos ministros que apresentem novas propostas para garantir o respeito a esses objetivos que, segundo o Eliseu, serão submetidos a uma primeira análise no próximo dia 17 de agosto e adotados em reunião posterior, fixada para 24 de agosto.
Em comunicado divulgado após a reunião, a Presidência lembrou que, entre outras medidas, a reforma da previdência realizada em 2010 permitiu reforçar "de maneira duradoura" a manutenção das finanças públicas a longo prazo, e reafirmou os compromissos firmados para redução do déficit, que para este ano é previsto em 5,7% do PIB.
Na reunião, Sarkozy também comemorou as medidas tomadas pelas autoridades espanholas e italianas, assim como a intervenção do Banco Central Europeu (BCE), considerando-as eficazes para reduzir "de maneira significativa" as taxas de juros sobre a dívida de ambos os países.
Além disso, destacou que as decisões das instituições europeias e americanas permitiram reduzir as tensões sobre os mercados financeiros.
Baroin afirmou à imprensa ao término do encontro que "essas medidas funcionaram, se inscrevem a longo prazo, são sólidas e foram feitas para durar".
"É preciso manter a cabeça serena e tomar distância dos eventos", indicou o ministro da Economia, para quem a evolução atual endossa a estratégia econômica empreendida no país pelo governo francês. EFE