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Ambev busca comprar fábrica da Brasil Kirin no Rio de Janeiro

Publicado 08.04.2016, 13:00
Atualizado 08.04.2016, 13:10
© Reuters.  Ambev busca comprar fábrica da Brasil Kirin no Rio de Janeiro
ABEV
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SÃO PAULO (Reuters) - A Ambev (SA:ABEV3) pretende comprar a fábrica da Brasil Kirin, do grupo japonês Kirin Holdings, dedicada à produção e envase de bebidas em Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro.

O negócio foi divulgado em publicação no Diário Oficial da União desta sexta-feira pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que deu publicidade à operação, ainda não aprovada pelo órgão antitruste.

Procurada, a Ambev disse que a operação se enquadra em seu plano de evolução da capacidade produtiva e de distribuição e que a fábrica produzirá tanto cerveja quanto refrigerante para a companhia.

"Essa oportunidade vai ao encontro da estratégia de otimizar capacidade produtiva em plantas modernas, próximas das principais áreas de consumo", afirmou em nota. A operação, que não inclui outros ativos da Brasil Kirin, "não é material para a Ambev", acrescentou.

Segundo documento das empresas entregue ao Cade, o negócio ocorre conforme a Brasil Kirin busca redimensionar sua capacidade produtiva com a venda de uma unidade produtiva na região Sudeste.

A Brasil Kirin detém rótulos como Schin, Devassa e Baden Baden e possui 13 fábricas no Brasil incluindo a unidade de Cachoeiras de Macacu, a única no Estado do Rio de Janeiro.

A Brasil Kirin confirmou as discussões para a venda da unidade e afirmou em comunicado à imprensa que a fábrica continuará operando normalmente durante o processo de avaliação do negócio pelo Cade. A empresa não informou a capacidade de produção da fábrica ou o valor discutido com a Ambev para a venda.

O documento no Cade afirma ainda que, especificamente no caso da Ambev, a busca por expansão da capacidade tem por objetivo atender a projeção de demanda nos próximos anos.

Em março, a produção de cerveja no Brasil caiu cerca de 20 por cento sobre o mesmo período do ano passado, acumulando no primeiro trimestre queda de 6,7 por cento ante os três primeiros meses de 2015.

(Por Priscila Jordão)

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